Viciado em pornografia conta o momento em que percebeu que precisava de ajuda
Um jovem britânico decidiu expor uma parte difícil da própria história ao contar como o consumo excessivo de pornografia marcou sua adolescência e abalou sua saúde mental. O relato surgiu durante uma entrevista para uma campanha que discute abertamente temas delicados e pouco debatidos.
Josh Lane cresceu em um período em que o acesso a conteúdos adultos se tornou praticamente ilimitado. Bastavam poucos cliques para mergulhar em vídeos que prometiam estímulos rápidos e intensos, algo que acabou moldando seu comportamento ainda na juventude. Ele contou que passava horas assistindo, sem perceber o quanto isso estava afetando sua visão sobre as pessoas ao seu redor.
Nos relatos que compartilhou, Josh explicou como a pornografia passou a distorcer sua percepção sobre relações afetivas e intimidade. Ele afirmou que, naquela época, começou a enxergar todos apenas de forma sexualizada. Logo percebeu que seus vínculos sociais estavam sendo prejudicados, porque se afastou emocionalmente e criou barreiras que antes não existiam.
“O que eu sentia durante e depois era contraditório. Parecia bom no momento, mas logo depois vinha aquela onda de vergonha”, contou. Segundo ele, esse ciclo de prazer imediato seguido de culpa se repetia diariamente, até virar parte da sua rotina.
Na tentativa de esconder o hábito, Josh passou a agir de forma cada vez mais secreta. Ele mencionou que chegou a bloquear o próprio celular para evitar recaídas, mas isso apenas o levou a utilizar aparelhos de outras pessoas dentro de casa. O comportamento furtivo aprofundou sua sensação de isolamento e gerou, segundo ele, um impacto direto nas relações com amigos e familiares.
Aos 14 anos, o quadro se agravou. Ele se tornou mais fechado, evitava conversas e tinha dificuldade de estabelecer conexão emocional. “Aquilo virou um ciclo destrutivo. Eu não sentia mais vínculos reais e, por não sentir, voltava para a pornografia como uma forma de compensar”, relatou. O hábito deixou de ser apenas uma busca por prazer e se transformou em uma maneira de lidar com emoções e frustrações.
Josh explicou que, com o passar do tempo, a pornografia ocupou um espaço tão grande em sua vida que substituiu interações afetivas reais. Ele afirmou que, naquele período, sentia como se tivesse apenas um “relacionamento”, e esse relacionamento era com a própria pornografia. Segundo ele, esse isolamento o afastou de experiências importantes da adolescência e contribuiu para problemas emocionais posteriores.
Foi apenas quando decidiu conversar abertamente com seus pais que percebeu a dimensão do problema e buscou ajuda. A sinceridade do diálogo abriu caminho para que encontrasse acompanhamento adequado e começasse a recuperar sua saúde mental.
Enquanto histórias como a de Josh ganham visibilidade, o governo do Reino Unido tem implementado novas medidas para tentar reduzir os impactos da exposição precoce à pornografia. Entre elas, estão regras mais rígidas dentro do Online Safety Act e a restrição de conteúdos que retratem violência sexual, como sufocamento e estrangulamento.
Ainda assim, especialistas lembram que o acesso precoce e frequente pode afetar o entendimento de jovens sobre intimidade, consentimento e expectativas reais, levantando discussões importantes sobre saúde mental, educação sexual e controle de conteúdo online.
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