O país que mais crescerá na América Latina em 2026: até 5 vezes mais que Brasil, México e Chile

Entre os países latino-americanos, um nome que até pouco tempo passava despercebido no cenário econômico mundial vem chamando atenção de analistas e investidores. Trata-se de Guiana, uma nação pequena, localizada ao norte da América do Sul, que deve registrar o maior crescimento econômico da região em 2026.

De acordo com estimativas do Banco Mundial, a economia guianense pode avançar cerca de 22,4 % no próximo ano, ultrapassando com folga países de peso como Brasil, México e Chile. A expansão projetada é, em média, até cinco vezes superior à de algumas dessas economias, que enfrentam desafios estruturais e políticos que limitam seu ritmo de crescimento.

O motor por trás desse salto impressionante é o petróleo. Nos últimos anos, foram descobertas grandes reservas offshore na costa guianense, o que atraiu investimentos bilionários de empresas internacionais. Entre elas está a ExxonMobil, que lidera a exploração de campos petrolíferos na região. Esses projetos transformaram a estrutura econômica do país em um ritmo sem precedentes.

Em 2019, o Produto Interno Bruto da Guiana era de cerca de 5,07 bilhões de dólares. Em 2024, chegou a 27,41 bilhões de dólares, um crescimento acumulado de mais de 400 % em poucos anos. Essa escalada rápida não tem paralelo recente na América Latina, tornando o país uma exceção estatística nas projeções econômicas do continente.

Enquanto isso, os países maiores da região apresentam taxas modestas para 2026. As previsões indicam crescimento entre 2 % e 4 % para Brasil, México e Chile. Essas nações enfrentam fatores como inflação elevada, instabilidade política, tensões comerciais e limitações fiscais, que impedem uma expansão mais acelerada.

Outro aspecto que torna a Guiana um caso particular é sua própria dimensão. Trata-se de um país com baixa densidade populacional, coberto em grande parte por florestas tropicais e cortado por rios extensos. Além disso, é o único país da América do Sul onde o idioma oficial é o inglês, o que facilita negociações com investidores estrangeiros, especialmente do setor energético.

A exploração petrolífera está mudando profundamente a realidade local. Novas infraestruturas estão sendo construídas, e os setores financeiro e de serviços vêm se expandindo para acompanhar o fluxo de capital e novos empregos. O ritmo acelerado de crescimento econômico vem sendo acompanhado de debates internos sobre como administrar os recursos provenientes do petróleo, para evitar dependência excessiva desse setor.

As projeções do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial colocam a Guiana no topo das economias com maior expansão percentual no mundo para os próximos anos. Para analistas, esse cenário reforça a posição estratégica do país no mapa energético global, com potencial para alterar o equilíbrio econômico da América do Sul.

O crescimento projetado é considerado um caso isolado na região, capaz de impulsionar até mesmo a média de expansão do continente, que seria menor se a Guiana fosse excluída dos cálculos. Com reservas de petróleo ainda em desenvolvimento e novos projetos previstos, o país segue no centro das atenções econômicas internacionais.

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