Homem atrai namorada de 18 anos, que achava estar comemorando a gravidez, e a assassina por ela não ter feito um aborto

O caso de uma jovem assassinada por seu namorado em um parque da Flórida chocou os Estados Unidos e levantou detalhes sombrios sobre o crime, descobertos durante o julgamento. A vítima, identificada como Kaylin Fiengo, tinha apenas 18 anos e estava grávida quando foi morta a tiros dentro do próprio carro por Donovan Faison, de 23 anos.

Na noite de 11 de novembro de 2022, Kaylin saiu de casa para se encontrar com o namorado em um local isolado, o Coastline Park, na cidade de Sanford. Ela acreditava que o encontro serviria para conversarem sobre a gestação, que havia sido descoberta há poucos dias. No entanto, o que parecia ser uma conversa entre o casal terminou de forma trágica.

Segundo o Ministério Público, Faison teria insistido para que Kaylin fizesse um aborto, demonstrando irritação com a notícia da gravidez. Quando a jovem se recusou, ele a executou com um disparo na cabeça enquanto ela ainda estava sentada no banco do motorista. O corpo foi encontrado por um policial que fazia uma ronda de rotina no parque e notou um carro ligado com o vidro abaixado. Ao se aproximar, ele viu manchas de sangue perto da porta e encontrou Kaylin sem vida.

Donovan Faison foi condenado pelo assassinato da adolescente (Office of the State Attorney, 18th Judicial Circuit)

Um detalhe que comoveu ainda mais os investigadores foi o achado de um ultrassom do bebê jogado a poucos metros do corpo da jovem.

As autoridades do condado de Seminole iniciaram uma investigação que durou dez meses até que Faison fosse preso. Durante esse período, mensagens de texto entre o casal se tornaram peças centrais para o caso. Em uma das conversas apresentadas no tribunal, Kaylin havia enviado uma foto de dois testes de gravidez positivos. A resposta dele foi curta e fria: “Aborto!!!”.

Outros trechos revelaram a frieza com que o criminoso tratou o assunto. Antes de se encontrar com Kaylin no parque, ele enviou uma mensagem a um amigo dizendo: “Pela sepultura do meu irmão, vou apagá-la da minha vida”.

De acordo com os promotores, Faison mantinha uma relação paralela com outra mulher, que desconfiava de uma traição. O fato de Kaylin ter contado à namorada oficial dele sobre o caso e sobre a gravidez teria aumentado a pressão sobre o acusado, que temia ser descoberto.

A futura mãe tinha apenas 18 anos quando foi morta (News 6)

Testemunhas também ajudaram a ligar o assassino à cena do crime. Uma amiga da vítima contou que Kaylin havia mencionado que se encontraria com o “segundo pai do bebê” no parque naquela noite. Quando a jovem parou de responder às mensagens, a amiga foi até o local, usando o aplicativo “Buscar iPhone” para rastrear o celular. Ao chegar, ela se deparou com o local cercado por policiais.

Em 27 de outubro, o júri declarou Donovan Faison culpado por homicídio em primeiro grau e também pela morte do feto. A sentença ainda será anunciada, mas ele pode receber pena de morte.

A família de Kaylin, que acompanhou o julgamento de perto, expressou alívio com o veredito, embora a dor permaneça. “Esperamos muito tempo por isso”, disse Tatiana Fiengo, tia da vítima, ao canal News 6 Click Orlando. “Não a traz de volta, mas pelo menos ele não vai machucar mais ninguém.”

O caso teve ampla repercussão nos Estados Unidos por envolver uma vítima tão jovem e grávida, além da frieza com que o acusado tentou ocultar o crime. O julgamento foi acompanhado por veículos como o Miami Herald e o PEOPLE, que destacaram as provas apresentadas e o impacto da decisão para a família da adolescente.

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