Filmagem impressionante mostra o momento em que ladrões fugiram do Museu do Louvre após roubar itens “inestimáveis”

Dois homens vestidos de forma discreta, um deles com colete refletivo, se tornaram os protagonistas de um roubo que chocou autoridades e especialistas em segurança. Em plena manhã de 19 de outubro, um grupo de ladrões entrou tranquilamente no Museu do Louvre e levou joias avaliadas em até 102 milhões de dólares, equivalentes a cerca de 590 milhões de reais.

O assalto aconteceu às 9h30, apenas 30 minutos depois da abertura ao público. Os criminosos seguiram diretamente para a Galeria de Apolo, uma das áreas mais icônicas do museu, onde ficam expostas joias que pertenceram à monarquia francesa.

Entre os oito itens levados estavam uma tiara, um colar e um brinco de safira que fizeram parte do conjunto usado por rainhas como Maria Amélia de Nápoles e Hortênsia de Beauharnais. Segundo a emissora britânica BBC News, os criminosos agiram com extrema rapidez e precisão.

Toda a ação durou apenas sete minutos. Eles ainda tentaram levar um nono item — a famosa diadema da imperatriz Eugénia de Montijo — mas acabaram deixando a peça para trás durante a fuga.

Dias depois do roubo, um vídeo divulgado pelo jornal The Telegraph revelou detalhes importantes. Nas imagens, dois homens descem calmamente por um elevador mecânico, aparentemente sem chamar atenção de funcionários ou visitantes.

As autoridades francesas estão correndo contra o tempo para recuperar as joias. O investigador de arte Arthur Brand explicou a gravidade da situação: “A polícia tem uma semana. Se conseguirem prender os ladrões nesse prazo, talvez ainda encontrem tudo. Se demorar mais, as peças provavelmente já terão sido derretidas e desmontadas. É uma corrida contra o tempo.”

A facilidade com que o grupo conseguiu entrar e sair do museu reacendeu o debate sobre a eficácia dos sistemas de segurança. Especialistas afirmam que o Louvre utiliza sensores de movimento antigos e câmeras de vigilância com cobertura limitada, o que pode ter facilitado a ação dos criminosos.

O diretor de conteúdo técnico da distribuidora Mouser Electronics, Mark Patrick, comentou: “Muitos sistemas de museus reagem depois que a invasão já começou, em vez de prever. Tecnologias mais modernas de sensores conseguem detectar mudanças sutis de vibração, pressão ou movimento que os sistemas antigos simplesmente não percebem.”

Enquanto a investigação avança, os detalhes do assalto continuam intrigando o público e levantando questionamentos sobre como um dos museus mais famosos do mundo pôde ser alvo de um golpe tão rápido e eficiente.

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