“Traidora em série” dormiu com 100 homens e “transmitiu clamídia para metade de Londres”

Uma britânica de 39 anos, hoje autora e especialista em relacionamentos, decidiu expor uma fase marcada por escolhas impulsivas, mentiras constantes e um comportamento que ela própria descreve como caótico. Antes de reconstruir a vida, ela afirma ter dormido com mais de cem pessoas, enganado parceiros consecutivamente e espalhado uma infecção sexualmente transmissível sem sequer perceber o que estava acontecendo.

Durante anos, ela viveu envolvida em situações que, segundo suas próprias palavras, pareciam fora de controle. Em vídeos publicados nas redes sociais, contou que chegou a transmitir clamídia para um número desconhecido de pessoas, compartilhando que, aos 23 anos, “deu a doença para metade de Londres”, expressão usada por ela para destacar o desespero daquele período. Um dos episódios mais marcantes envolveu o pai de um ex-namorado, que teria ameaçado matá-la após descobrir que o filho havia sido infectado.

Ela assume que não conseguia lembrar de todas as pessoas com quem se envolveu e que a recomendação médica de avisar cada parceiro se tornou impossível. “Eu não sabia sequer quem eram alguns deles”, admitiu. Ela também revelou ter traído todos os namorados desde os 12 anos, comportamento que, segundo ela, começou ainda na infância, quando passou a se interessar por homens aos nove.

Persia falou abertamente sobre seu vício do passado (Kennedy News and Media)

Por volta de 2010, enquanto trabalhava em um clube de strip-tease e convivia com pessoas que considerava “péssimas influências”, sentiu que atingia um limite. Naquela época, acumulava relacionamentos paralelos e se envolvia em situações que classificou como destrutivas. Disse que chegou a manter quatro namorados ao mesmo tempo e que sua rotina girava em torno de impulsos constantes, encontros sem sentido e decisões que a colocavam em risco.

O ciclo se intensificou na universidade. Segundo ela, trair parceiros havia se tornado algo recorrente. “Eu traía meus namorados, dormia com os melhores amigos deles”, contou. Relatou ainda que teve um relacionamento extraconjugal enquanto o pai do namorado estava em tratamento contra câncer. Para ela, a vida acadêmica acabou servindo como mais um ambiente para repetir comportamentos prejudiciais. “Dormi com todo mundo da escola de teatro”, afirmou.

Em determinado momento, recebeu um diagnóstico médico que exigia responsabilidade. Precisava avisar os parceiros sobre a infecção sexualmente transmissível que carregava sem sintomas. No entanto, por vergonha e medo, mentiu para um dos namorados e disse que ele devia ter traído. “Eu era uma mentirosa compulsiva”, confessou.

Os pais perceberam que algo estava errado quando ela sofreu uma impactação fecal grave enquanto trabalhava no clube. Segundo ela, isso ocorreu porque não se alimentava adequadamente e consumia álcool em excesso. Preocupados, decidiram intervir. Aos 25 anos, foi enviada para um retiro de saúde na Tailândia. Lá, teve contato com um grupo de apoio conhecido como Love and Sex Addicts Anonymous, onde começou a entender seu comportamento como um tipo de dependência.

Ela deixou o passado para trás e agora é casada e feliz (Kennedy News and Media)

A partir desse ponto, a vida mudou de direção. Em 2015, conheceu o homem que anos depois se tornaria seu marido, durante um festival de música. O casamento ocorreu em 2022. Hoje, vive o oposto da fase turbulenta que descreve. Atua como coach de relacionamentos, conduz retiros ao redor do mundo, escreve livros sobre sua trajetória e defende a discussão aberta sobre vícios afetivos e sexuais.

Ela afirma que a compulsão pode surgir de traumas profundos e resultar em escolhas amorosas destrutivas, comparando a busca por certas relações com a dependência de substâncias químicas. Segundo suas palavras, por muito tempo acreditou que seu comportamento era simplesmente parte da personalidade, até compreender que havia algo por trás dos impulsos que a levavam a situações extremas.

Atualmente, ela organiza eventos ao lado do marido para arrecadar fundos para instituições de caridade e diz viver uma vida estável, tranquila e distante do passado que um dia descreveu como “tão caótico que parece roteiro de cinema”.

Esse “Traidora em série” dormiu com 100 homens e “transmitiu clamídia para metade de Londres” foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.