Piloto deu às crianças que estavam voando no avião um aviso arrepiante antes de ele cair e matar todos a bordo
O voo Aeroflot 593, que partiu de Moscou com destino a Hong Kong em 23 de março de 1994, ficou marcado por um conjunto de acontecimentos que surpreenderam até os investigadores mais experientes. O acidente matou as 75 pessoas a bordo e, anos depois, ainda desperta curiosidade devido aos detalhes revelados pelo gravador de voz da cabine.
A aeronave seguia normalmente sua rota quando o comandante responsável pelo trecho de descanso, Yaroslav Vladimirovich Kudrinsky, entrou na cabine. Ele era o capitão de alívio, um profissional treinado para assumir o comando em voos longos e dar suporte ao piloto principal, Andrew Viktorovich Danilov, e ao copiloto Igor Vasilyevich Piskaryov. Sua presença ali não era incomum, mas o que aconteceu a seguir fugiu completamente dos padrões de segurança.
Kudrinsky havia levado seus filhos para a viagem e, em determinado momento, permitiu que Eldar, de 15 anos, e Yana, de 13, entrassem na cabine. Ele queria mostrar a eles o ambiente de trabalho e deixá-los experimentar a sensação de estar no assento principal do avião. Com o piloto automático ativado, acreditou que não haveria riscos, já que o sistema manteria o controle da aeronave.
75 vidas foram perdidas no acidente depois que uma das crianças do piloto desligou acidentalmente o piloto automático e fez a aeronave entrar em estol (YouTube/MorfoAtari)
A interação começou de forma aparentemente inocente. Para divertir Yana, Kudrinsky ajustou levemente o piloto automático para que ela pensasse estar virando a aeronave. Em seguida, Eldar sentou-se no assento do comandante e manteve pressão no manche por mais de 30 segundos. Esse movimento prolongado acabou anulando parte das funções do piloto automático, transferindo involuntariamente o controle para o modo manual.
Um alerta luminoso surgiu no painel, mas passou despercebido pelos tripulantes. A aeronave começou a se desestabilizar, e os comandos do piloto automático que ainda permaneciam ativos tentavam corrigir a trajetória ao mesmo tempo em que Eldar pressionava o manche. O resultado foi uma perda progressiva de controle.
Quando perceberam a gravidade da situação, os pilotos tentaram retomar o comando total da aeronave, mas já enfrentavam um início de estol. A gravação da caixa-preta registrou os momentos de desespero, incluindo o grito de Kudrinsky ao filho: “Eldar, sai, vai para trás, Eldar! Você vê o perigo, não vê? Sai, sai, Eldar!”
As tentativas de corrigir a queda colocaram o avião em uma subida quase vertical, o que agravou o estol e fez a aeronave girar de forma descontrolada. Mesmo com esforços repetidos, o voo perdeu altitude rapidamente e acabou colidindo contra uma cadeia montanhosa na região de Kemerovo, no sul da Rússia, a aproximadamente 72 m/s.
A investigação concluiu que, se os pilotos tivessem soltado totalmente os controles no momento em que a aeronave começou a girar, o sistema teria estabilizado o voo por conta própria, evitando o impacto. Porém, a sucessão de erros humanos e falhas de percepção dentro da cabine tornou a situação irreversível.
Durante os primeiros comunicados oficiais, a empresa aérea afirmou que a tripulação não havia cometido falhas. Somente após a divulgação das gravações da cabine foi possível reconstruir os acontecimentos que levaram à tragédia, revelando um cenário que surpreendeu o mundo da aviação pela combinação de imprudência, falhas de atenção e circunstâncias inesperadas.
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