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Curiosidades

A verdade por trás dos cães azuis vistos em Chernobyl, próximo ao local do desastre nuclear

Quase quatro décadas após o desastre nuclear de Chernobyl, a região que um dia foi sinônimo de destruição e radiação voltou a chamar atenção — mas por um motivo inesperado. Dentro da zona de exclusão, que cobre cerca de 2.600 quilômetros quadrados e ainda apresenta níveis perigosos de contaminação, uma nova população floresceu: centenas de cães selvagens que vivem entre ruínas, florestas e antigas instalações abandonadas.

O que surpreende agora é que alguns desses animais começaram a apresentar uma coloração azulada no pelo, um fenômeno que intrigou tanto os cientistas quanto os voluntários que cuidam da fauna local.

Cães azuis de Chernobyl

O grupo de resgate Dogs of Chernobyl, que há anos monitora e alimenta os animais da região, divulgou recentemente um vídeo que mostra vários cães circulando pela zona de exclusão. Entre eles, um em especial se destacou: seu corpo estava coberto por uma tonalidade azul intensa.

“Eles não estavam azuis na semana passada. Não sabemos o motivo e estamos tentando capturá-los para descobrir o que está acontecendo”, afirmou o grupo em publicação nas redes sociais.

Embora muitos tenham suspeitado de uma nova mutação causada pela radiação, os voluntários logo descartaram essa hipótese. A teoria mais provável é que os cães tenham entrado em contato com algum tipo de substância química.

“Provavelmente eles rolaram sobre algum composto industrial ou químico que tingiu o pelo”, explicaram os integrantes do projeto.

Nenhum sinal de doença ou contaminação

Apesar da aparência incomum, os cães parecem estar saudáveis. Jennifer Betz, veterinária que coordena missões de campo na área, alertou sobre notícias falsas que circularam nas redes sociais, sugerindo que a radiação seria responsável pela mudança de cor.

“Eles parecem ter rolado em uma substância que se acumulou sobre o pelo”, disse Betz ao site IFL Science. “Suspeitamos que essa substância tenha vindo de um antigo banheiro químico que estava próximo aos cães, mas não conseguimos confirmar com certeza.”

Ela reforçou que o fenômeno não tem relação com radiação nuclear e que os animais seguem “muito ativos e saudáveis”.

Descendentes dos cães deixados para trás em 1986

Acredita-se que cerca de 700 cães vivam atualmente dentro da zona de exclusão de Chernobyl. Eles são descendentes diretos dos animais domésticos abandonados quando os moradores fugiram às pressas após o colapso do reator, em abril de 1986.

Sem humanos por perto, esses cães formaram matilhas e passaram a sobreviver por conta própria, alimentando-se de pequenos animais, restos de comida deixados por turistas e dos suprimentos oferecidos pelos voluntários.

Desde 2017, organizações de proteção animal têm trabalhado para garantir o bem-estar desses cães, oferecendo alimentação regular, atendimento veterinário e campanhas de vacinação, mesmo em meio a um ambiente ainda radioativo.

Vários cães azuis foram vistos dentro da zona de exclusão de Chernobyl (Instagram/dogsofchernobyl1)

Vários cães azuis foram vistos dentro da zona de exclusão de Chernobyl (Instagram/dogsofchernobyl1)

Adaptação genética e resistência à radiação

Os pesquisadores descobriram que, apesar das condições extremas, a vida prosperou em Chernobyl. Estudos recentes mostraram que algumas espécies, incluindo os próprios cães, começaram a desenvolver adaptações genéticas únicas.

Uma pesquisa conduzida em 2024 pelo cientista ambiental Norman J. Kleiman, da Universidade Columbia, revelou que os cães de Chernobyl desenvolveram uma resistência surpreendente à radiação, metais pesados e poluentes.

A equipe de Kleiman analisou amostras de sangue de 116 cães semidomesticados da região e identificou alterações significativas no DNA. Os resultados mostraram a existência de duas populações distintas de cães, geneticamente adaptadas para viver em um ambiente altamente contaminado.

Ao todo, foram identificados 52 genes associados à exposição crônica à contaminação radioativa, indicando que a seleção natural pode estar moldando uma nova geração de animais mais resistentes.

Um ecossistema que renasceu

Hoje, mesmo com níveis de radiação que permanecem cerca de seis vezes acima do considerado seguro para humanos — aproximadamente 11,28 milirem, segundo medições recentes —, a vida selvagem voltou a ocupar o espaço. Cervos, javalis, lobos e aves se multiplicaram nas florestas que antes eram habitadas por pessoas.

Entre todos esses sobreviventes, os cães de Chernobyl são talvez o símbolo mais notável da adaptação à adversidade — vivendo entre ruínas, desafiando a ciência e exibindo cores que ninguém esperava encontrar no coração de um desastre nuclear.

Esse A verdade por trás dos cães azuis vistos em Chernobyl, próximo ao local do desastre nuclear foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.

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augustopjulio

Sou Augusto de Paula Júlio, idealizador do Tenis Portal, Tech Next Portal e do Curiosidades Online, tenista nas horas vagas, escritor amador e empreendedor digital. Mais informações em: https://www.augustojulio.com.