Trump responde após autoridade iraniana ameaçar que ele poderia ser atacado “enquanto toma sol em Mar-a-Lago”

Imagine relaxar na sua propriedade privada, talvez tomando sol, quando um alto funcionário de outro país faz comentários sobre usar tecnologia militar para atingi-lo especificamente ali. Foi essa a situação incomum que surgiu recentemente envolvendo o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e um conselheiro do líder supremo do Irã.

Tudo começou em 9 de julho, durante uma entrevista televisionada no Irã. Mohammad-Javad Larijani, assessor do aiatolá Ali Khamenei, participava de uma discussão sobre as capacidades militares iranianas. O tom ficou mais agudo quando Larijani, visivelmente rindo, direcionou sua fala para Donald Trump. Ele especulou sobre uma situação hipotética, porém perturbadora.

“Trump não pode mais tomar sol em Mar-a-Lago”, afirmou Larijani, “porque enquanto ele está deitado, um microdrone pode mirar e atingi-lo bem no umbigo”. A imagem era clara: uma ameaça potencial usando tecnologia avançada contra uma pessoa específica em um local privado e associado ao lazer. Larijani, contudo, adicionou imediatamente que o Irã “luta como homens”, sugerindo que tal ação não seria conduta do país.

A notícia desse comentário rapidamente cruzou o oceano. Durante uma entrevista ao canal Fox News, o apresentador Peter Doocy trouxe o assunto à tona. Ele perguntou a Trump quando foi a última vez que ele havia tomado sol. A resposta de Trump foi descontraída e evasiva: “Faz muito tempo. Não sei, talvez eu tinha uns sete anos. Não sou muito fã disso”.

Quando Doocy mencionou explicitamente o aviso feito por Larijani, Trump minimizou sua gravidade, embora reconhecendo sua possível natureza ameaçadora. “Acho que é uma ameaça. Tenho certeza que não é uma ameaça, na verdade, mas talvez seja”, respondeu o presidente, demonstrando mais desdém do que preocupação visível.

Esse episódio verbal não ocorreu no vácuo. Apenas alguns dias antes, Trump havia feito declarações igualmente fortes sobre o Irã. Questionado por um repórter sobre se consideraria bombardear o país novamente – referindo-se a ataques americanos a três instalações nucleares iranianas em junho –, Trump foi enfático: “Sim, sem dúvida, absolutamente”. Ele justificou dizendo que o Irã estava “exausto” e mais preocupado com sobrevivência imediata do que com ambições nucleares.

Do lado da segurança americana, um porta-voz do Serviço Secreto dos Estados Unidos respondeu às indagações sobre o comentário de Larijani. Embora tenha evitado discutir detalhes específicos de inteligência protetiva, o porta-voz foi claro: “Operamos em um ambiente de ameaça elevado e muito dinâmico, e a segurança do presidente e de todos os nossos protegidos permanece nossa prioridade máxima”.

Este incidente peculiar, misturando uma ameaça hipotética com drones, um resort luxuoso e banhos de sol, destaca como as tensões geopolíticas de alto nível podem às vezes se manifestar através de declarações pessoais e retórica carregada. Ele ilustra o clima contínuo de desconfiança e o jogo de palavras que frequentemente caracteriza as relações entre Washington e Teerã.

O episódio também coloca em foco os desafios permanentes enfrentados pelas agências de proteção em um mundo onde ameaças podem vir de múltiplas direções e assumir formas tecnologicamente sofisticadas. Enquanto Trump afirmou não se preocupar com tomar sol, o Serviço Secreto permanece constantemente alerta, independentemente do tom das ameaças ou do local onde seu protegido esteja.

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