Sob o gelo havia algo mais do que geleiras. A NASA acaba de despertar um segredo nuclear da Guerra Fria
Sob o gelo espesso da Groenlândia, pesquisadores da NASA encontraram algo que parecia ter saído diretamente das páginas de um arquivo secreto da Guerra Fria. O que começou como um simples voo científico para medir o tamanho das camadas de gelo acabou revelando uma cidade subterrânea, esquecida por décadas, com túneis, dormitórios, laboratórios e até um reator nuclear.
A descoberta por radar
Em abril de 2024, uma equipe testava o UAVSAR, um radar de abertura sintética projetado para mapear a estrutura do gelo ártico. Durante a análise das imagens, os cientistas perceberam que as linhas e formas não correspondiam às camadas naturais. Eram traços artificiais, organizados de maneira geométrica. Após semanas de estudos, veio a confirmação: tratava-se de Camp Century, uma instalação secreta construída pelos Estados Unidos durante a Guerra Fria.

© NASA / JPL / Novaceno.
O local, ativo no final da década de 1950, chegou a abrigar cerca de 200 pessoas. Havia dormitórios, refeitórios, oficinas e espaços de pesquisa. O elemento mais surpreendente era um reator nuclear portátil, instalado para garantir energia suficiente em meio ao isolamento do Ártico. A ideia era demonstrar que o gelo poderia sustentar uma base militar autossuficiente, independente de suprimentos externos.
Camp Century e o Projeto Iceworm
Construída a aproximadamente 240 quilômetros da atual Base Espacial Pituffik, Camp Century tinha 21 túneis que somavam mais de 3 quilômetros de extensão. Oficialmente, foi apresentada como uma estação científica, com foco em estudos do gelo e do clima. No entanto, documentos desclassificados revelaram mais tarde que o objetivo real era muito diferente.
O Pentágono planejava transformar a estrutura em parte do Projeto Iceworm, uma iniciativa que pretendia esconder até 600 mísseis nucleares de alcance médio sob o gelo da Groenlândia. A localização estratégica permitiria ataques contra a União Soviética em caso de guerra. O plano, porém, nunca avançou porque a Dinamarca — responsável pelo território — havia declarado que não permitiria armas nucleares em sua área de influência.

© Joseph MacGregor (NASA/GSFC). Fotografia histórica cortesia dos Arquivos Nacionais
O gelo como guardião da história
Com o deslocamento natural do gelo, a base foi gradualmente soterrada e abandonada em 1967. Durante décadas, Camp Century permaneceu esquecida, até ser revelada novamente pelas ondas de radar. Para muitos, o achado reacende memórias de um período em que a tensão entre superpotências transformava regiões remotas em potenciais campos de batalha.
O reencontro com essa cidade congelada levanta também novas discussões sobre como operações militares secretas moldaram a geopolítica do século XX. Camp Century, agora revelada em detalhes, é um retrato da ousadia e do risco de um tempo em que o mundo viveu à sombra do confronto nuclear.
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