Sincronia | Cérebro tem ritmo próprio e pode revelar o quão inteligente você é
Quão inteligente você é? Um novo estudo publicado no último dia 16 no periódico Journal of Experimental Psychology pode ajudar a responder a essa pergunta. Os pesquisadores da Johannes Gutenberg Universitat, na Alemanha, descobriram que a inteligência pode estar relacionada à forma como o cérebro sincroniza suas atividades durante tarefas cognitivas.
Pessoas com maior capacidade cognitiva apresentam uma forte conectividade de ondas cerebrais na região midfrontal, especialmente durante momentos decisivos de resposta em tarefas mentais.
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O estudo envolveu 148 voluntários entre 18 e 60 anos que passaram por testes de memória e inteligência, e realizaram três tarefas cognitivas sob monitoramento EEG (eletroencefalografia).
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Essas tarefas exigiam rápida adaptação a regras que mudavam constantemente, como identificar se um número era maior ou menor que cinco, ou se uma letra era vogal ou consoante.
Os cientistas estavam particularmente interessados nas chamadas ondas theta, oscilações lentas entre 4 e 8 Hz associadas à coordenação entre diferentes áreas do cérebro. Segundo os pesquisadores, “elas tendem a aparecer quando o cérebro é particularmente desafiado, como durante o pensamento focado ou quando precisamos controlar conscientemente nosso comportamento”.
Os resultados mostraram que indivíduos com melhor desempenho nos testes cognitivos também apresentaram maior conectividade theta na região midfrontal do cérebro. Essa sincronia, segundo os pesquisadores, funciona como um indicador da capacidade do cérebro de se adaptar rapidamente a situações novas ou complexas.

Inteligência ligada à capacidade de agir
O mais surpreendente foi descobrir que essa conectividade não se relaciona com o momento em que o cérebro se prepara para uma tarefa (fase de preparação), mas sim com o momento em que ele precisa executar uma resposta. Ou seja, a inteligência estaria mais ligada à capacidade de agir com flexibilidade do que à simples atenção sustentada. Em comunicado, os pesquisadores afirmam:
Pessoas com conectividade teta mediofrontal mais forte costumam ser mais capazes de manter o foco e ignorar distrações, seja o celular vibrando enquanto você trabalha ou a intenção de ler um livro em uma estação de trem movimentada.
Eles demonstraram surpresa com a proximidade dessa coordenação do ritmo do cérebro com a inteligência, e que não esperavam que a relação entre ambos fosse tão clara.
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