Simulação perturbadora mostra como o dispositivo de tortura “Donzela de Ferro” causava uma morte extremamente dolorosa
Ao longo da história, poucas imagens causaram tanto horror quanto a da chamada “Donzela de Ferro”, um suposto instrumento de tortura que, segundo a tradição popular, transformava a execução em um espetáculo cruel. A ideia era simples e aterrorizante: um caixão de ferro em tamanho humano, repleto de pontas afiadas voltadas para dentro, onde a vítima era encerrada até ser perfurada lentamente.
Esse cenário sangrento povoou livros, filmes e até inspirou o nome de uma das bandas de rock mais famosas do mundo. Antes de se tornarem conhecidos como Iron Maiden, os integrantes atendiam pelo nome Ash Mountain. A mudança aconteceu depois que o baixista Steve Harris assistiu ao filme O Homem da Máscara de Ferro e achou que o nome do temido instrumento soava muito mais poderoso.
Mas, apesar da fama e da aura de terror em torno da Donzela de Ferro, a verdade sobre sua existência é muito diferente do que muitas pessoas imaginam. A maioria dos historiadores concorda que ela provavelmente nunca existiu na Idade Média. De acordo com a especialista em história medieval Hannah Skoda, a primeira menção documentada ao instrumento surgiu apenas em 1802 — séculos depois do fim do período medieval.
Esse detalhe lança dúvidas profundas sobre sua autenticidade. Se tivesse sido amplamente usada durante a Idade Média, haveria registros mais antigos ou evidências físicas, mas nada disso foi encontrado. O que ocorreu, segundo estudiosos, foi uma mistura de mitologia e invenção histórica: a partir do século XIX, começaram a surgir versões construídas da Donzela de Ferro, vendidas como “relíquias autênticas” do passado sombrio da Europa.
O historiador Peter Konieczny explica que essas histórias foram provavelmente criadas com outro propósito: reforçar a ideia de que o passado era muito mais bárbaro e cruel do que o presente. Ao inventar instrumentos brutais e exagerar sua importância histórica, os autores e curadores do século XIX podiam retratar a Idade Média como um período de selvageria e irracionalidade, destacando assim o quanto a sociedade “moderna” seria mais civilizada.
Uma simulação moderna mostra que, se a Donzela de Ferro tivesse sido real e usada conforme descrito, seria um método de punição brutal. A vítima, presa em pé dentro do compartimento estreito, seria perfurada por dezenas de pontas de metal. A morte poderia ser imediata ou lenta e dolorosa, dependendo do posicionamento dos espinhos. Até mesmo a tarefa de limpar o interior do artefato, coberto de sangue e tecido humano, seria uma punição à parte.
Para Konieczny, a própria ideia de criar algo tão macabro revela mais sobre quem inventou a história do que sobre o período medieval em si: “As pessoas gostam de pensar que eram muito mais selvagens na Idade Média porque isso faz com que elas se sintam menos selvagens hoje. É mais fácil criticar quem viveu há 500 anos.”
Apesar de sua origem questionável, a Donzela de Ferro permanece como um dos símbolos mais duradouros da crueldade atribuída ao passado. Ela representa menos uma realidade histórica e mais um reflexo de como as gerações posteriores escolheram imaginar — ou distorcer — esse passado para contar suas próprias versões da história.
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