Simulação chocante mostra o que acontece com seu corpo quando você fica uma semana sem comer enquanto um homem relata o grande impacto que isso teve

Um experimento recente chamou a atenção do público ao mostrar os efeitos de passar sete dias inteiros sem ingerir alimentos, apenas bebendo água para manter a hidratação. A experiência foi documentada pelo youtuber Justin Dorff, que decidiu colocar o corpo à prova em busca de resultados físicos e mentais diferentes do que já havia vivido.

Logo na primeira semana de jejum completo, o criador de conteúdo relatou ter perdido 4,5 quilogramas. Mas a perda de peso foi apenas uma parte da transformação. O processo também trouxe mudanças inesperadas em seu humor, energia e até na forma como encarava o cotidiano.

Segundo Justin, a decisão de iniciar o desafio veio após dois meses difíceis. “Nos últimos tempos, estava me sentindo cansado, com dores persistentes, estresse constante, vontade de comer besteira e uma tristeza que não conseguia explicar. Basicamente, parecia que tudo estava dando errado”, contou ele.

No início, os primeiros dias foram descritos como os mais complicados. A fome intensa, o desânimo e a sensação de fraqueza se tornaram grandes obstáculos. Foi apenas no quinto dia que as coisas começaram a mudar. Ele chamou essa fase de “God Mode”, ou “modo deus”. “De um dia para o outro, saí do modo zumbi para o modo deus. Meu cérebro passou a funcionar à base de cetonas, não mais de glicose. A fome praticamente desapareceu e, em troca, tive um aumento enorme de energia, clareza mental e até do humor”, relatou.

Um vídeo publicado no canal Drwealz ajudou a explicar o que estava acontecendo no corpo de Justin. De acordo com a simulação, após cerca de 19 horas sem comida, os níveis de insulina caem e o corpo começa a entrar em cetose, usando gordura armazenada como combustível em vez de glicose. Esse processo inicial é responsável pela perda de peso nos primeiros dias.

Entre o quarto e o sexto dia, acontece outra mudança importante: o cérebro passa a usar as cetonas de forma mais eficiente, reduzindo a sensação de fome e aumentando os níveis de hormônio do crescimento e adrenalina. Esse é o ponto em que, segundo especialistas, algumas pessoas relatam sensação de euforia, maior foco e disposição.

Justin contou que nesse período conseguiu aproveitar melhor os momentos simples. “Em vez de apenas tentar sobreviver e me distrair da fome, consegui focar no que realmente importa. Passei tempo com minha esposa, encontrei amigos, aproveitei cada instante. Foi libertador”, disse.

Mesmo assim, a expectativa pelo final do desafio também marcou a experiência. “Era como ser criança de novo, acordando no Natal, mas em vez de presentes, eu só queria mastigar alguma coisa. A reta final foi emocionante, eu sentia até o cheiro da comida que iria voltar à minha rotina”, brincou o youtuber.

A experiência levantou debates sobre os limites do corpo humano e os potenciais efeitos do jejum prolongado, prática que há séculos desperta interesse tanto na ciência quanto em tradições culturais e espirituais.

Os perigos do jejum prolongado

Apesar dos relatos positivos, especialistas alertam que o jejum de vários dias pode trazer riscos sérios à saúde. A queda brusca nos níveis de glicose pode provocar tontura, desmaios e dificuldade de concentração. Há também o risco de perda de massa muscular, desequilíbrios eletrolíticos e sobrecarga nos rins e fígado. Pessoas com condições médicas pré-existentes, como diabetes, hipertensão ou problemas cardíacos, podem enfrentar complicações ainda mais graves. Por isso, esse tipo de prática deve ser feito apenas com acompanhamento médico adequado.

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