Seu carro tem um irmão secreto de outra marca? Descubra!
Você já parou para pensar que aquele SUV imponente da marca X pode ter o mesmo coração e esqueleto do hatch compacto da marca Y que seu vizinho adora?
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No fascinante mundo automotivo, nem tudo é o que parece! Muitas vezes, para otimizar custos e desenvolvimento, gigantes da indústria compartilham projetos inteiros, resultando em veículos que são verdadeiros “gêmeos” sob peles diferentes.
O CT Auto listou alguns dos casos mais curiosos que envolvem carros que são “irmãos”, mas de marcas diferentes. Confira abaixo.
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A mágica (e a lógica) por trás dos carros ‘irmãos’
A prática de compartilhar componentes ou plataformas inteiras entre diferentes marcas e modelos não é apenas um truque de mágica da engenharia. Na verdade, trata-se de uma decisão lógica, uma estratégia inteligente e cada vez mais comum na indústria automotiva global. Mas por que isso acontece com tanta frequência?
Redução de Custos: Desenvolver uma nova plataforma (o “chassi” ou a base estrutural do carro) e um novo motor, do zero, custa bilhões! Ao compartilhar esses componentes essenciais entre vários modelos, as montadoras diluem esse investimento gigantesco, tornando os carros potencialmente mais acessíveis.
Desenvolvimento Turbinado: Usar uma base mecânica já existente, testada e aprovada, reduz bastante o tempo necessário para um novo carro sair do papel e chegar às suas mãos. Menos tempo de desenvolvimento significa novidades mais rápidas no mercado.
Tecnologia de Ponta para Mais Gente: Grandes grupos automotivos investem pesado em pesquisa. O compartilhamento permite que tecnologias avançadas de segurança, eficiência ou conectividade, desenvolvidas por uma marca premium, por exemplo, cheguem mais rapidamente a modelos de marcas mais populares dentro do mesmo grupo.
O que exatamente os carros “irmãos” compartilham?
A troca de tecnologias entre as fabricantes durante o desenvolvimento de carros “irmãos” varia de acordo com cada projeto. No entanto, na maioria dos casos os modelos acabam compartilhando alguns dos itens listados abaixo.
Plataformas
É a espinha dorsal do carro. Inclui o assoalho, as estruturas de fixação da suspensão, motor e carroceria. Uma mesma plataforma pode dar origem a um hatch, um sedã e um SUV.

Motores e Transmissões
O conjunto mecânico principal, o famoso “powertrain”, é frequentemente compartilhado. Um motor 1.0 turbo pode equipar diversos compactos de marcas distintas dentro de um mesmo conglomerado.

Sistemas Eletrônicos e Elétricos
Desde a arquitetura elétrica básica até componentes como centrais multimídia, painéis de instrumentos digitais e módulos de assistência ao condutor.

Esses carros são “irmãos” e você não sabia
Agora a parte divertida: descobrir alguns desses parentescos surpreendentes! Prepare-se, pois alguns exemplos podem te deixar de queixo caído e mudar a forma como você vê certos modelos nas ruas.
O trio europeu inseparável: Um dos casos mais clássicos de “badge engineering” (engenharia de emblema) é o dos subcompactos Volkswagen Up!, SEAT Mii e Skoda Citigo. Basicamente o mesmo carro, com pequenas alterações visuais para carregar a identidade de cada marca, dominando o segmento de entrada na Europa por anos.

Luxo compartilhado, performance individual: Quem diria que o superesportivo Lamborghini Urus, um SUV com alma de touro bravo, divide sua plataforma (MLB Evo) com gigantes do luxo como Audi Q7 e Q8, Porsche Cayenne, Bentley Bentayga e até o Volkswagen Touareg? Claro, cada um recebe um tratamento único em termos de motorização, suspensão, acabamento e, principalmente, design e proposta.
No Brasil, a moderna plataforma CMP (e sua versão elétrica e-CMP) do grupo Stellantis é a base para carros bem diferentes visualmente, como o estiloso Peugeot 208, o versátil novo Citroën C3, e até modelos da Opel/Vauxhall na Europa, como o Corsa.
O conhecido motor 1.3 Turbo Flex T270, que entrega performance e eficiência, impulsiona uma variedade de modelos da Fiat (Toro, Fastback) e Jeep (Renegade, Compass, Commander).

Picapes que trocaram alianças: Uma das parcerias mais comentadas recentemente é entre Ford e Volkswagen. A nova geração da Ford Ranger serviu de base para a nova Volkswagen Amarok. Sim, as eternas rivais agora compartilham o mesmo esqueleto em suas picapes médias!
Carros irmãos: bom ou ruim para quem compra?
Saber que seu carro compartilha peças com outros modelos pode gerar dúvidas. Afinal, isso é uma vantagem ou uma desvantagem na hora da compra e do uso? A resposta é: depende do que você valoriza!
Pontos Positivos
- Preço potencialmente menor: A economia de escala obtida pelas montadoras pode (e deveria) refletir em um preço final mais competitivo para você.
- Manutenção facilitada: A disponibilidade de peças de reposição para componentes mecânicos compartilhados tende a ser maior, e os custos de manutenção podem ser mais baixos, especialmente para itens de grande volume.
- Confiabilidade aprimorada: Plataformas e motores utilizados em múltiplos veículos passam por um intenso processo de validação e, com o tempo, eventuais falhas são corrigidas e aprimoradas, beneficiando todos os modelos que os utilizam.
Pontos de Atenção
- Menos exclusividade no design: Se você busca um carro com uma identidade visual completamente única, saber que ele tem “irmãos” com design parecido pode ser um pouco frustrante.
- Sensação de “mais do mesmo”: Em alguns casos, as diferenças entre os modelos podem se concentrar mais na “casca” e menos na experiência de dirigir ou no acabamento interno, o que pode não agradar quem procura uma diferenciação mais profunda.
- Variação de calibração e acabamento: Mesmo usando a mesma base, as marcas podem aplicar diferentes calibrações de suspensão, direção, e níveis de acabamento e equipamentos, o que justifica (ou não) as diferenças de preço. Vale pesquisar a fundo!
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