Será que está na hora de migrar para um setup com DDR5?

Algumas mudanças na indústria de hardware têm feito com que os preços das memórias DDR4 disparassem como nunca antes. A tecnologia DDR5 já está no mercado há alguns anos, mas ainda existe uma ampla adoção da versão anterior, principalmente por conta de plataforma populares da AMD e Intel que ainda estão à venda nas lojas, mesmo com a chegada de novas gerações.

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Não é muito comum vermos uma tecnologia anterior superar os preços da mais nova dessa forma e isso é o que está começando a acontecer no mercado de memória RAM. Muitos evitavam migrar para DDR5 por conta dos preços maiores da nova tecnologia, aliado ao fato de que é necessário ainda escolher placa-mãe e processador mais caros. Mas esses são só alguns dos fatores dessa mudança significativa na indústria de hardware.

1. Fim de uma era: por que grandes fabricantes não fazem mais memórias DDR4?

Existe um caminho natural quando chegamos nesse ponto de transição de uma nova geração de uma tecnologia. Com as memórias DDR5 já há alguns anos no mercado, é normal a atenção se voltar para ela, causando o encerramento da produção da tecnologia DDR4. E não só isso, com a crescente demanda por memórias HBM, as maiores fabricantes, como SK hynix, Samsung e Micron, estão também voltando suas atenções para isso também.

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Outro fator importante a ser considerado é o advento de fabricantes chinesas menores, que têm atuado nesse segmento, com custo de produção menor e oferecendo produtos mais baratos. Isso chama a atenção de empresas que fazem aquisições em massa, embora a credibilidade dessas fábricas ainda não seja no mesmo nível das gigantes da Coreia do Sul e EUA.

A migração total é questão de tempo, já que as maiores players do mercado já sinalizaram para um encerramento completo na produção de memória DDR4 até o fim de 2025.

2. O que se ganha (e se paga) ao mudar para DDR5 na prática?

Para muitos usuários, DDR4 ainda é suficiente, mas a tecnologia sucessora oferece benefícios bem interessantes. A começar pela velocidade, que inicia com 4.800 MHz (ou MT/s – Mega Transfer) e passa de 8.800 MHz, muito maior do que os 4.266 MHz, que é o limite teórico da tecnologia DDR4.

Na prática, em aplicações mais sensíveis a memória RAM, como software profissionais, significa mais desempenho. Em jogos, toda essa velocidade e aumento na largura de banda proporcionam mais estabilidade na performance, principalmente nas taxas 1% low, que são as quedas mínimas de FPS durante o gameplay.

Além disso, existe a longevidade da plataforma. Memórias DDR5 foram lançadas no fim de 2021, e começaram a ter mais força a partir do ano seguinte. Ou seja, existem ainda bons anos, pelo menos o resto dessa década, de suporte a essa tecnologia, enquanto DDR4 já completa 11 anos de existência e segue para o seu fim natural, deixando mais difícil a montagem de uma máquina com plataformas mais antigas.

As memórias DDR5 também contam novas tecnologias importantes. Um deles é o PMIC, que é um circuito integrado para gerenciamento de energia. E falando nisso, os módulos com essa tecnologia são mais eficientes, já que entregam mais desempenho, consumindo menos energia. Existe ainda a maior capacidade em armazenamento, com módulos chegando a 128 GB, entre outras vantagens.

3. Qual é o seu perfil? Para quem o upgrade vale a pena AGORA?

Memórias DDR5 são essenciais para entusiastas que estão montando sua máquina do zero. O principal motivo, além dos benefícios mencionados, é o fato de que as plataformas intermediárias e high-end usam a tecnologia. Então muito provavelmente você precisará ter uma CPU AMD Ryzen 7000 ou 9000, ou ainda Intel Core Ultra 200, que só funcionam com DDR5.

Um segundo grupo que recomendamos a mudança para DDR5 é quem ainda está em uma plataforma que usa DDR3, ou ainda as primeiras gerações de processadores que começaram a usar DDR4. A essa altura, essas CPUs estão bem obsoletas e não vale tanto a pena mudar para as últimas gerações com suporte a essa tecnologia, já que o ideal é ir logo com o que existe de mais atual, que são CPUs AMD Zen 4 e Zen 5, além de Intel Arrow Lake, no mínimo Raptor Lake Refresh pelo Time Azul.

Porém se você se encaixa no grupo que já está em um ecossistema baseado em DDR4, com bons processadores Ryzen 5000 ou Intel Core a partir da 10ª até 14ª geração, a performance extra ao mudar para DDR5 não compensa a mudança. Para fazer essa transição, é preciso ainda mudar a placa-mãe e a CPU, algo que vai encarecer consideravelmente a máquina como um todo. A exceção a isso é se realmente precisa de muito do desempenho topo de linha dos Ryzen 9000 e Core Ultra 200 high-end.

4. A decisão é sua, mas o futuro já chegou

Não tem como fugir dessa mudança de geração de memória RAM. Sempre foi assim e sempre será. A diferença é que, dessa vez, tem acontecido as anomalias dos preços estourando com módulos DDR4 por diferentes motivos, ultrapassando os valores de DDR5, algo que ainda não afeta o varejo, até o momento dessa publicação pelo menos, mas é só questão de tempo.

Para muitos perfis de usuários de PC, memórias DDR4 oferecem o desempenho desejado e até mais, às vezes. Mas não dá para negar que a nova tecnologia oferece mais vantagem e é a próxima geração a se estabelecer no mercado.

Então vale lembrar que, se você está montando um PC do zero, especialmente de níveis intermediário e high-end, opte por DDR5. Caso tenha um bom sistema baseado em DDR4, dá para esperar mais um pouco. Mas é bom ter em mente que a tecnologia mais atual vai ocupar o espaço da anterior com o tempo e também ficará mais barata, deixando DDR4 em uma posição de nicho e consideravelmente mais caro no fim de sua vida.

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