SelenITA | Satélite do ITA que será enviado à Lua avança mais uma etapa; conheça
O satélite SelenITA, desenvolvido pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) em parceria com instituições internacionais, avançará para uma nova etapa de produção. O progresso foi autorizado após o equipamento ser aprovado no processo de Revisão de Definição do Sistema (Delta System Definition Review, ou Delta-SDR), realizado entre os dias 10 e 12 de junho.
- De foguete a satélite | Presidente da AEB detalha planos aeroespaciais do Brasil
- Autonomia espacial | Microlançador de satélites brasileiro vai decolar em 2026
- O que faz a Agência Espacial Brasileira? Saiba tudo sobre a AEB!
A instituição brasileira será responsável por desenvolver o orbitalizador do satélite — componente central das análises realizadas. Durante os três dias de revisão, alunos do ITA envolvidos no projeto apresentaram propostas em áreas como mecânica orbital, computação de bordo, propulsão, análise de riscos e estimativa de custos.
“A missão SelenITA alcançou um marco significativo com a aprovação em sua Delta Systems Definition Review, demonstrando a robustez de sua concepção e a relevância dos objetivos científicos propostos”, destacou Alexandre Oliveira, engenheiro da Agência Espacial Brasileira (AEB) e presidente da comissão de revisão.
–
Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.
–
Detalhes do SelenITA
O SelenITA é um satélite da categoria CubeSat — que reúne modelos miniaturizados com dimensões padrão de aproximadamente 10 x 10 x 10 centímetros e peso de até 1,33 kg por unidade (denominada 1U).
Esse tipo de satélite é considerado pequeno e de baixo custo, o que o torna ideal para missões científicas específicas e experimentações tecnológicas.
O foco da missão será o estudo de campos magnéticos e interações na crosta lunar. Além disso, o satélite deverá investigar o transporte de poeira na superfície da Lua, causado por fenômenos elétricos e impactos de micrometeoritos.
“Isso é importante porque nos ajuda a entender como os futuros astronautas viverão e trabalharão na superfície lunar, além de identificar perigos”, informou a NASA em comunicado.
Brasil no Programa Artemis

O Projeto SelenITA está sendo desenvolvido pelo ITA em colaboração com instituições internacionais, como a NASA e as universidades americanas de Michigan e Iowa. A Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) também apoia a missão.
O SelenITA representa parte da contribuição da ciência brasileira ao Programa Artemis, da agência espacial dos Estados Unidos, que tem como objetivo estabelecer uma presença humana permanente na Lua.
Seu desenvolvimento está contemplado no Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE) 2022–2031, e a cooperação internacional no setor aeroespacial é vista como uma oportunidade para ampliar a visibilidade e protagonismo tecnológico do Brasil no cenário global.
Leia mais:
- Presidente da AEB destaca aliança espacial do Brasil com China, Argentina e NASA
- Quantos brasileiros já foram ao espaço? Saiba se já temos mais alguém na fila
- Estudantes brasileiros vencem desafio global da NASA; conheça os projetos
VÍDEO | O QUE É STARLINK?
Leia a matéria no Canaltech.
O que achou dessa notícia? Deixe um comentário abaixo e/ou compartilhe em suas redes sociais. Assim conseguiremos informar mais pessoas sobre as curiosidades do mundo!
Esta notícia foi originalmente publicada em:
Fonte original