Rumble recorre à Justiça dos EUA contra nova decisão do STF; entenda o caso
A plataforma de vídeos Rumble e a Truth Social, rede social de Donald Trump, enviaram neste domingo (13) uma nova petição à Justiça da Flórida, nos Estados Unidos, contra uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Na última sexta-feira (11), dois dias após o Trump anunciar tarifas sobre produtos brasileiros, Moraes enviou uma ordem judicial à plataforma solicitando o bloqueio em todo território nacional de uma conta associada ao comentarista Rodrigo Constantino, e o compartilhamento dos dados do usuário.
Caso o Rumble não cumpra a ordem, terá de pagar multas diárias de R$ 100 mil, deste domingo em diante.
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As empresas afirmaram no documento enviado à Justiça da Flórida, onde há um processo das plataformas contra Moraes, que a decisão é irregular, além de que a ordem foi enviada para um e-mail e não por algum aviso ao governo dos EUA.
O Rumble e a Truth Social disseram também que, como Constantino é cidadão americano, as empresas estariam infringindo leis dos EUA caso compartilhassem seus dados.
A petição ainda afirma que o último acesso à conta ligada a Constantino foi feito dos EUA, já que a conta não é mais acessada no Brasil. O Rumble está bloqueado no Brasil desde fevereiro de 2025.
Entenda o caso
Em 19 de fevereiro deste ano, Alexandre de Moraes foi processado em um tribunal da Flórida pelo Rumble e pela Truth Social.
As empresas acusaram o ministro de extrapolar sua autoridade ao tentar impor decisões da Justiça brasileira sobre plataformas que operam nos EUA, e que Moraes tentou remover contas e conteúdos de brasileiros, como do blogueiro Allan dos Santos.
De acordo com o processo, Moraes teria violado a Primeira Emenda da Constituição dos EUA ao tentar “censurar conteúdos nos EUA”.
As empresas, que não tem sede no Brasil, afirmaram que como não tem operação no país, não estariam sujeitas à jurisdição do STF.
Em 20 de fevereiro, Moraes deu um prazo de 48 horas para o Rumble indicar um representante legal no Brasil, ou poderia ser banida do país. A plataforma canadense não indicou e em 21 de fevereiro foi bloqueada em terras brasileiras.
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