Registraram um fenômeno sem precedentes no olho do furacão Melissa
No centro do furacão Melissa, onde os ventos ultrapassam 250 km/h, um fenômeno surpreendente chamou a atenção dos cientistas. Durante uma missão de reconhecimento, caçadores de furacões da National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) registraram centenas de aves migratórias presas dentro do olho do ciclone. Incapazes de atravessar o muro de vento que as cercava, os animais ficaram girando em círculos no meio do caos.
O achado foi confirmado por radares Doppler e imagens de voo, gerando questionamentos entre meteorologistas e especialistas em fauna selvagem. Segundo eles, a ocorrência pode estar ligada ao aumento da intensidade das tempestades tropicais no planeta.
A armadilha perfeita no olho do furacão
O avião de reconhecimento “Hurricane Hunter” sobrevoava Melissa quando o radar começou a mostrar ecos incomuns. Não se tratava de chuva nem de fragmentos em suspensão, mas de sinais biológicos vindos de seres vivos. O meteorologista Matthew Cappucci compartilhou os registros na rede X, descrevendo a cena como “tão bela quanto trágica”. Logo, outros especialistas confirmaram: eram aves presas no olho de um furacão de categoria 5.
O fenômeno, embora não inédito, é raro. Casos semelhantes já haviam sido relatados durante o furacão Helene, em 2024. A diferença agora é a frequência e a escala. Com radares mais avançados, é possível distinguir a chuva da chamada “bioscatter” — ecos gerados por organismos vivos —, revelando milhares de aves girando dentro de um vórtice que não oferece saída.
BREAKING: The Hurricane Hunters have found BIRDS in Melissa’s eye.
Tens of thousands have likely been sucked into the eye, unable to fight against the strong inward winds.
Most of these bird are trapped. Sometimes they can’t escape until the storm weakens, unless they encounter… pic.twitter.com/lCxCAhZaWG
— Matthew Cappucci (@MatthewCappucci) October 27, 2025
O olho do furacão pode parecer tranquilo, com céu parcialmente limpo e baixa pressão atmosférica. Porém, é cercado por um muro de vento impenetrável, formado por nuvens com correntes intensas. Para as aves, isso significa uma armadilha mortal: elas não conseguem escapar do centro, pois qualquer tentativa de atravessar os ventos resulta em exaustão ou morte.
Uma ameaça em expansão
Pesquisadores da University of Nebraska–Lincoln analisaram furacões ocorridos entre 2011 e 2020 e observaram que quanto mais intenso é o ciclone, maior é a quantidade de bioscatter detectada no interior do olho. Aves desorientadas por mudanças bruscas de pressão e vento são sugadas pelas correntes ascendentes, ficando presas até a dissipação da tempestade ou até perderem as forças.
From a crewmember on yesterday’s Teal 74 mission into now-Category 5 Hurricane #Melissa. As clear of an eye as you will see in the Atlantic basin. pic.twitter.com/5tktvvrIR1
— Jeremy DeHart (@JeremyDeHartWX) October 27, 2025
Os cientistas acreditam que esse fenômeno pode estar diretamente ligado ao aquecimento global. O aumento da temperatura das águas tropicais fornece energia extra para os ciclones, permitindo que eles se intensifiquem com mais rapidez. De acordo com a NOAA, a ocorrência de intensificação rápida dobrou desde a década de 1980, tornando os furacões mais violentos e persistentes.
Além disso, essas tempestades estão se movendo mais devagar, expondo as mesmas regiões a períodos prolongados de ventos extremos e chuvas torrenciais. Para a fauna, especialmente as aves migratórias, isso significa enfrentar barreiras naturais que antes não existiam com essa magnitude.
Um retrato do clima em transformação
O episódio do furacão Melissa revela como a intensificação dos eventos climáticos extremos afeta diretamente a vida animal. Muitas das aves presas acabam morrendo por fadiga, enquanto outras são arrastadas a milhares de quilômetros de suas rotas tradicionais, provocando desequilíbrios ecológicos difíceis de reverter.
O contraste entre o céu calmo no olho do furacão e o muro de ventos que o cerca cria um cenário singular: uma calmaria ilusória no centro de um fenômeno devastador. O que foi registrado sobre Melissa mostra como mudanças na atmosfera estão impactando comportamentos naturais que levaram milênios para se formar.
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