Radar de velocidade média já está no Brasil; entenda como funciona

Os novos radares de velocidade média já estão em testes nas cidades de São Paulo (SP), Curitiba (PR), entre outras. Como ainda não foram regulamentados, os dispositivos estão em operação somente com fins educativos para conscientizar os motoristas sobre os perigos do excesso de velocidade.  

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Os radares tradicionais registram a velocidade dos veículos apenas no trecho em que estão instalados. Já os radares de velocidade média funcionam em pares: um sensor registra a passagem do veículo quando este passa pelo ponto inicial, enquanto outro, posicionado mais adiante, flagra a segunda passagem. 

Depois, é determinado um tempo mínimo para o veículo percorrer o trecho com base na velocidade da via e a distância entre os medidores.

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É aqui que está o segredo: se o veículo passar pelo trecho mais rápido que o previsto, o segundo radar identifica que o condutor excedeu o limite permitido na via. 

Para entender melhor, considere um trecho de 1 km cujo limite de velocidade é de 60 km/h; neste caso, o condutor teria que passar pelo trecho em 60 segundos, no mínimo, para não causar uma infração. Se fizer esse trajeto em 45 segundos, sua média será de 80 km/h, e ele poderá ser multado.

Radar de velocidade média no Brasil

Os radares convencionais medem a velocidade dos veículos somente naquele trecho e são facilmente burlados; basta que o condutor reduza um pouco a velocidade ao passar por eles, e depois acelere de novo. Assim, a motivação para o uso desta nova tecnologia é simples: reduzir acidentes provocados pelo excesso de velocidade. 

Mesmo assim, vale lembrar que estes dispositivos ainda aguardam certificação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e regulamentação do Ministério dos Transportes para poderem operar. 

De acordo com informações do Inmetro, a previsão é que a regulamentação ocorra neste ano, mas o processo ainda está no início. Portanto, enquanto o processo não for concluído, os radares de velocidade média funcionam somente em caráter experimental e não vão causar multas aos condutores.

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