Quanto custaria um PlayStation 1 hoje, com a inflação?
Nascido de uma ruptura entre a Sony e a Nintendo, o PlayStation 1 é a verdadeira representação do azarão que deu certo. Mesmo com a Big N e a SEGA dominando a indústria gamer e disputando os jogadores com muita intensidade nos anos 1990, o console chegou atropelando tudo o que eles tinham construído com seu incrível poder gráfico e muitos títulos chamativos.
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Qualquer um que foi criança ou jovem naquela época lembra bem que era impossível não se surpreender ao ver um Tomb Raider, Tekken, Final Fantasy VII, Twisted Metal e inúmeras franquias que surgiram a partir de seu lançamento em 1994. Atire a primeira pedra quem viveu naquela época e não lembra de ter ouvido o seu primeiro “olha, até parece um filme”.
Mal sabiam o que viria, não é mesmo? Pois bem, o PS1 carrega um legado colossal e seu sucesso é muito expressivo — não é para menos, temos hoje o PlayStation 5 entre nós e vários acertos (assim como erros) em sua longeva trajetória. Porém, se o PlayStation 1 fosse lançado hoje no Brasil, com o valor corrigido pela inflação, o seu preço se justificaria?
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Para responder esta dúvida, o Canaltech investigou e revela agora quanto o icônico videogame — que mudou a história dos jogos eletrônicos, dos fãs e da Sony — custaria e se valeria a pena comprar um com valores atualizados.

Lançamento do PlayStation 1
Lançado em dezembro de 1994, o PS1 foi um verdadeiro divisor de águas. Ele foi responsável pela adoção de CDs como a mídia padrão nos consoles, assim como popularizou o conceito do Memory Card (que apareceu pela primeira vez no Neo Geo Advanced Entertainment System – AES em 1990) e colocou vários estúdios e franquias nos holofotes.
Ele foi o 2º videogame da geração 32-bit, chegando um mês depois do caríssimo SEGA Saturn (vendido por US$ 399) e dois anos antes do Nintendo 64 — seus concorrentes diretos naquela geração. No lançamento, seu preço era de 39.800 ienes no Japão e custava US$ 299 nos Estados Unidos.
Como era de praxe naquela época, os videogames costumavam vir ao Brasil por meio de importação, geralmente através do mercado paralelo. Na Super Game Power de novembro de 1995, o PlayStation 1 apareceu pela primeira à venda por R$ 650.

Naquela época, o salário mínimo era de R$ 100 — o que significa que você teria de reunir dinheiro por pelo menos sete meses (sem pagar contas, comprar comida nem nada do gênero) para comprar o seu PlayStation 1. O parcelamento não é como vemos hoje, com a possibilidade de dividir apenas em 2 vezes de R$ 325, o que já estava fora da realidade de muitos.
Quanto custaria um PlayStation 1 em 2025?
É importante notar que o PS1 à venda por R$ 650 no Brasil em novembro de 1995 já implica que todos os impostos e taxas estavam inclusos no valor final — o que traz números mais precisos para calcular seu preço corrigido pelo IPCA do IBGE em 2025.
A calculadora do Banco Central (BACEN) nos aponta que o PlayStation 1 seria vendido por R$ 3.927,62 em 2025.
Levando em consideração que o PS5 hoje pode ser encontrado por R$ 3.000 a R$ 3.500; obviamente o valor do PS1 hoje não compensaria de forma alguma. Ainda que a diferença do console em relação ao salário mínimo tenha reduzido de 7 salários em 1995 para 3 em 2025, isso ainda estaria fora da realidade de muitas famílias e jogadores.
No entanto, é válido observar que ele não estaria com um preço tão distante assim do que vem sendo cobrado atualmente pelos consoles recentes da Sony. Ou seja, mesmo que ele seja de uma geração já considerada defasada (porém, lembrada com nostalgia e carinho), um “lançamento” estaria dentro dos valores que a companhia já pratica no Brasil.

Além disso, se você adquirir ou já tiver um PS5 ou um PS4, na assinatura da PS Plus Deluxe os usuários já têm acesso a um catálogo de títulos clássicos. Atualmente são mais de 150 jogos de PS1, PS2 e PS3 disponíveis na plataforma que pode ter um preço um pouco salgado (R$ 691,90 por ano), mas ainda assim é mais em conta do que ir direto ao console antigo.
Isso sem levar em consideração a emulação, que já permite rodar diversos jogos sem custos adicionais em qualquer PC produzido recentemente com diferentes configurações — isso quando não falamos de portáteis como Anbernic e Miyoo, que são vendidos a preços muito menores e executam a mesma função. Desta forma, não compensaria comprar um PS1 em 2025, com o valor corrigido pela inflação.
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