Qual a diferença entre massa de ar frio, vento de origem polar e frente fria?
Acompanhar as previsões do tempo nos telejornais ou na internet implica entrar em contato com diversos termos técnicos usados pelos meteorologistas. Quando o assunto são chuvas e temperaturas mais amenas, expressões como massa de ar frio, vento de origem polar e frente fria costumam aparecer com frequência.
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Apesar de estarem interligados, cada um desses termos tem características específicas quanto à sua formação e impacto nas condições meteorológicas.
Massa de ar frio e vento polar
Uma massa de ar frio é uma porção ou “bolha” de ar que se origina em regiões mais frias do planeta, como os polos Norte e Sul.
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“O ar frio que chega ao Brasil é sempre de origem polar, vindo da Antártida. Mas antes de atingir nosso país, ele passa pelo Chile, Argentina, Uruguai e Paraguai”, explica Josélia Pegorim, meteorologista do Climatempo.
A principal massa de ar frio que influencia o clima brasileiro é a Massa Polar Atlântica, formada no Oceano Atlântico e mais atuante durante o inverno.
Com a chegada dessa massa a uma determinada região, é comum sentirmos ventos gelados — são os chamados ventos de origem polar, que carregam o ar frio das regiões extremas do planeta.
Formação da frente fria

O avanço de uma massa de ar frio sobre uma região está diretamente ligado à formação das frentes frias. Esse fenômeno meteorológico ocorre quando há o encontro entre massas de ar frio e quente, provocando instabilidade na atmosfera.
Esse contraste térmico entre porções de ar de diferentes temperaturas é um dos principais responsáveis por chuvas intensas e pela posterior queda dos termômetros.
“O que os meteorologistas chamam de frente fria são essas zonas de choque térmico. Logo atrás dessas áreas de nuvens carregadas, vem a massa de ar frio de origem polar, que provoca a queda de temperatura”, detalha Pegorim.

A meteorologista acrescenta que cada frente fria é diferente, podendo provocar muita chuva e pouco frio — ou o contrário —, e até mesmo não causar impactos significativos em áreas continentais.
“Algumas frentes frias passam apenas pelo oceano e não conseguem provocar chuva nem grande queda de temperatura no continente. Isso ocorre quando o ar frio é desviado para o mar”, ressalta a especialista.
Fenômeno da friagem

Durante o outono e o inverno, é comum que massas de ar frio vindas da Antártida sejam maiores e mais intensas, alcançando uma área mais extensa do território brasileiro. Nessas situações, os termômetros podem cair até mesmo em partes da Região Norte.
“Essa queda de temperatura que ocorre nessas áreas do Brasil, causada pela chegada do ar polar, é chamada de friagem. Algumas friagens podem ser bastante intensas, fazendo a temperatura cair para menos de 10 °C no Acre e em Rondônia”, afirma Josélia Pegorim.
Com essas informações, fica mais fácil entender o que está por trás das previsões do tempo apresentadas pelos meteorologistas no dia a dia!
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