Putin revela detalhes do teste de míssil nuclear “invencível” em meio a temores de Terceira Guerra Mundial

Em uma reunião marcada por forte simbolismo militar, Vladimir Putin apresentou detalhes sobre um novo armamento em desenvolvimento na Rússia. Vestido com uniforme de combate, o presidente reuniu-se com oficiais de alta patente para falar sobre um míssil que, segundo ele, poderá alterar o equilíbrio estratégico global.

O armamento em questão é o míssil de cruzeiro Burevestnik, desenvolvido pelas forças armadas russas. Diferente dos modelos tradicionais, ele utiliza propulsão nuclear, o que permitiria alcançar distâncias praticamente ilimitadas. Além disso, voa a baixa altitude, dificultando sua detecção por radares convencionais e tornando sua interceptação muito mais complexa.

Durante a reunião, o chefe do Estado-Maior russo, Valery Gerasimov, atualizou Putin sobre os últimos testes realizados. De acordo com Gerasimov, o míssil percorreu cerca de 14 000 quilômetros em um único voo, permanecendo no ar por aproximadamente 15 horas. “Isso não é o limite”, afirmou ele ao presidente.

Para efeito de comparação, um míssil de cruzeiro comum tem alcance limitado pelo combustível, mesmo sendo capaz de transportar grandes cargas explosivas com alta precisão. Já um míssil balístico intercontinental pode atingir longas distâncias, mas é mais fácil de rastrear por voar em trajetórias altas e previsíveis. O Burevestnik busca unir o melhor dos dois mundos: alcance global e voo furtivo.

A OTAN apelidou o míssil de “Skyfall”. Essa denominação surgiu ainda nos primeiros relatos sobre o projeto, que corre sob forte sigilo militar. Putin, no entanto, afirmou publicamente que a arma é “invencível” e “única no mundo”. Segundo ele, a Rússia já trabalha na criação da infraestrutura necessária para incorporar esse míssil ao arsenal das forças armadas.

Enquanto discutia os resultados dos testes, Putin também supervisionava manobras nucleares estratégicas no país. As atividades envolveram toda a chamada “tríade nuclear” russa, que inclui mísseis balísticos intercontinentais lançados de silos fixos, mísseis disparados de submarinos no Mar de Barents e bombardeiros estratégicos Tu-95, que lançaram mísseis de cruzeiro de longo alcance.

Burevestnik

Essas forças estratégicas são destinadas a ataques de grande escala contra infraestruturas e centros urbanos em cenários extremos, diferindo de armas táticas, que têm uso mais localizado em campos de batalha. O Kremlin afirmou que todos os segmentos da tríade participaram das simulações, reforçando o poderio nuclear do país.

O desenvolvimento do Burevestnik ocorre em um contexto de tensões geopolíticas elevadas. Autoridades russas destacam que a arma foi projetada para contornar sistemas de defesa antimísseis já existentes. Segundo especialistas, se confirmadas as capacidades apresentadas, o míssil poderia voar por longos períodos e alterar rotas para evitar interceptação, representando um desafio significativo para qualquer sistema de defesa atual.

No mesmo dia das manobras, um encontro entre Putin, Donald Trump e Volodymyr Zelenskyy foi adiado. A reunião, segundo fontes diplomáticas, trataria de temas relacionados à segurança internacional, incluindo armas estratégicas e estabilidade nuclear.

O anúncio sobre o Burevestnik é mais um capítulo da corrida armamentista entre potências globais, evidenciando os avanços em tecnologias de propulsão nuclear e capacidades de dissuasão militar de longo alcance. Enquanto testes continuam, especialistas militares de vários países acompanham com atenção cada detalhe divulgado pelo governo russo.

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