Pterossauro achado nos EUA era pequeno o suficiente para ‘pousar no seu ombro’
Pesquisadores identificaram o pterossauro mais antigo já encontrado na América do Norte, um réptil alado que viveu ao lado dos dinossauros. Pequeno a ponto de poder ter “pousado no seu ombro”, o animal viveu há cerca de 209 milhões de anos.
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A descoberta foi divulgada em um estudo publicado na última segunda-feira (7) no periódico científico PNAS. O pterossauro foi batizado de Eotephradactylus mcintireae, que significa “deusa do amanhecer com asas de freixo” — uma referência às cinzas vulcânicas do Parque Nacional da Floresta Petrificada, no Arizona (EUA), onde o fóssil foi encontrado.
Apesar de alguns pterossauros apresentarem envergaduras superiores a 11 metros, a nova espécie identificada era consideravelmente menor que seus parentes mais famosos.
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“Este pterossauro teria o tamanho de uma pequena gaivota e poderia ter pousado no seu ombro”, afirmou Ben Kligman, paleontólogo do Museu Nacional de História Natural do Smithsonian e um dos autores do estudo, em entrevista ao site Live Science.
Descoberta a partir da mandíbula
A identificação de Eotephradactylus mcintireae ocorreu após a análise de fósseis encontrados em uma região do Arizona que, antes da extinção do período Triássico-Jurássico (há cerca de 201 milhões de anos), era composta por rios e canais propensos a inundações.
Uma investigação realizada em 2011 por uma equipe liderada por Kay Behrensmeyer, paleontóloga do Museu Nacional de História Natural dos EUA, visava explorar as terras áridas da região em busca de fósseis de mamíferos pré-históricos em um depósito de ossos do período Triássico.

Durante a expedição, Suzanne McIntire, voluntária do museu, encontrou a mandíbula com dentes do pterossauro — um achado que forneceu pistas cruciais sobre as espécies mais antigas desses répteis alados.
Segundo o Smithsonian, as pontas dos dentes do fóssil estavam desgastadas, o que levou os pesquisadores a concluir que esse pterossauro se alimentava de peixes presentes naquele ecossistema, muitos deles recobertos por escamas rígidas semelhantes a armaduras.
“Fiquei muito surpreso com o fato de uma mandíbula tão delicada e minúscula não ter sido destruída pelo movimento do cascalho do rio antes de ser fossilizada, o que sugere que o leito ósseo preservava um cenário de fossilização único”, ressaltou Kligman, que estuda o fóssil desde 2018.
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