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Curiosidades

Presidente da AEB destaca aliança espacial do Brasil com China, Argentina e NASA

Cooperação internacional no setor aeroespacial visa diversos objetivos, como a redução de custos — por meio da divisão de investimentos — e a ampliação da visibilidade tecnológica de um país no cenário global.

Em entrevista exclusiva ao Canaltech, Marco Antonio Chamon, presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), destacou como o Brasil vem se posicionando nas parcerias internacionais.

Alianças com China e Argentina levarão ao espaço, nos próximos anos, satélites com significativa participação tecnológica brasileira. Já em relação à NASA, o país participará do Programa Artemis, que pretende estabelecer uma presença humana permanente na Lua.


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Cooperação com a Argentina

A colaboração atual do Brasil com a Argentina no setor aeroespacial ocorre por meio da missão SABIA-Mar — uma aliança entre a AEB e a Comissão Nacional de Atividades Espaciais da Argentina (CONAE).

O objetivo da missão é lançar um sistema completo de observação da Terra, com uma constelação composta por dois satélites: o SABIA-Mar A (Argentina) e o SABIA-Mar B (Brasil).

“Essa constelação de satélites é voltada ao sensoriamento remoto de sistemas aquáticos, incluindo oceanos, águas costeiras e interiores. A missão gira em torno do compartilhamento de dados entre os dois países, obtidos pelos dois satélites”, destaca Chamon.

Segundo o presidente da AEB, o acordo entre os países foi assinado em 1998 e ratificado sete anos depois, em 2005. No entanto, o desenvolvimento dos satélites ficou paralisado, sendo retomado com uma aproximação mais efetiva em 2023. Na ocasião, foi realizada a revisão Mission Critical Design Review (MCDR) do SABIA-Mar A, na cidade argentina de Córdoba.

Imagem ilustrativa de satélite
SABIA-Mar A e SABIA-Mar B formarão constelação de satélites (Reprodução/CONAE)

Satélite Sino-Brasileiro

Já a parceria espacial entre Brasil e China ocorre por meio do desenvolvimento dos Satélites Sino-Brasileiros de Recursos Terrestres (CBERS, na sigla em inglês). O objetivo também é a produção de satélites de sensoriamento remoto, cruciais para o monitoramento de recursos naturais e a geração de imagens utilizadas, por exemplo, no combate ao desmatamento.

O programa já resultou no lançamento dos satélites CBERS-1, 2, 2B, 4 e 4A. Atualmente, está em desenvolvimento o CBERS-6, que contará com tecnologia de radar SAR (Synthetic Aperture Radar) em banda X.

“O SAR permite que o satélite capte imagens em qualquer condição climática, inclusive na presença de nuvens e chuva. Trata-se de um satélite de órbita baixa — entre 600 km e 800 km de altitude — que deve ser lançado em 2028”, pontua o presidente da AEB.

Chamon ressalta ainda que os dois países assinaram uma Declaração Conjunta de Intenções para a produção do CBERS-5, um satélite meteorológico geoestacionário. Esse equipamento está previsto para ser lançado em 2030, tornando-se uma ferramenta essencial na detecção de eventos extremos, como secas, enchentes e tempestades.

Imagem de satélite sobrevoando a Terra
Projeto CBERS conta com 5 satélites lançados e terá ao menos mais dois dispositivos no espaço nos próximos anos (Reprodução/AEB)

Brasil no Programa Artemis

Marco Antonio Chamon também destacou a participação do Brasil no Programa Artemis, da NASA. O projeto pretende lançar, em 2027, a missão Artemis III, que promete levar astronautas à Lua após mais de 50 anos. Além disso, a iniciativa busca estabelecer uma presença humana permanente no satélite natural da Terra.

“Como é que você consegue plantar em uma área extremamente árida, como o solo lunar? Estamos desenvolvendo, junto com a Embrapa, um projeto de agricultura espacial, para produzir alimentos no espaço a partir de sementes desenvolvidas na Terra”, afirma o executivo da AEB.

Presidentes da Embrapa e da AEB dando um aperto de mãos
Silvia Massruhá e Marco Antonio Chamon, presidentes da Embrapa e AEB, respectivamente, celebram acordo com Programa Artemis (Kátia Marsicano/Embrapa)

A Embrapa e a AEB assinaram, em novembro de 2023, um protocolo de intenções que formaliza a participação do país no Artemis. A iniciativa é considerada um marco nas pesquisas agrícolas e espaciais brasileiras.

“A pesquisa agropecuária traçou uma trajetória de 50 anos, que agora pode alçar novos horizontes, além do papel de referência em agricultura tropical no mundo. Participar do projeto Artemis representa essa nova visão”, celebrou na época a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá.

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augustopjulio

Sou Augusto de Paula Júlio, idealizador do Tenis Portal e do Curiosidades Online, tenista nas horas vagas, escritor amador e empreendedor digital. Mais informações em: https://www.augustojulio.com.