Polônia diz que Putin está “zombando de Trump” com ataque de drones em meio a temores de Terceira Guerra Mundial

A Polônia voltou a ser palco de tensões envolvendo Moscou, Washington e a própria OTAN após relatos de que drones russos teriam invadido seu espaço aéreo. O episódio, segundo autoridades polonesas, não foi fruto de um erro de navegação, mas sim uma ação deliberada que, além de desafiar a segurança europeia, teria como alvo político o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Radek Sikorski, vice-primeiro-ministro da Polônia, declarou em comunicado que “o espaço aéreo polonês foi violado 19 vezes por drones fabricados na Rússia”. Para ele, os equipamentos não se desviaram de sua rota por acidente. “A avaliação das forças aéreas polonesas e da OTAN é de que eles foram direcionados. O Kremlin está mais uma vez zombando dos esforços de paz do presidente Trump”, afirmou.

O episódio ocorreu nas primeiras horas da última quarta-feira, 10 de setembro, quando os drones cruzaram a fronteira polonesa e foram derrubados pelas defesas locais. A movimentação reacendeu as discussões sobre a postura da Rússia frente aos países vizinhos e a eficácia das negociações que Donald Trump vinha conduzindo com Vladimir Putin.

A acusação de Sikorski foi reforçada pelo chanceler alemão Friedrich Merz, que classificou a ação como uma “agressão proposital” contra a Polônia e contra a estabilidade da região. Ambos apontaram que a coincidência entre o ataque e os recentes encontros diplomáticos não poderia ser ignorada.

Um mês antes, Trump e Putin haviam se reunido no Alasca para debater possibilidades de resolução da guerra entre Rússia e Ucrânia. Apesar das conversas, as hostilidades continuam e novas estratégias parecem surgir dos dois lados. Em meio a esse cenário, o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy pediu que todos os países europeus suspendessem imediatamente a compra de petróleo e gás russos.

Trump reforçou essa posição em uma publicação na rede Truth Social, defendendo que sanções pesadas contra Moscou só surtiriam efeito caso a OTAN interrompesse a aquisição de combustíveis do Kremlin. “Como vocês sabem, o compromisso da OTAN com a vitória tem sido muito abaixo de 100%, e a compra de petróleo russo, por alguns, tem sido chocante!”, escreveu.

Ele também sugeriu tarifas de 50% a 100% sobre produtos chineses, que seriam retiradas apenas após o fim da guerra. Em sua visão, tal medida daria à aliança ocidental maior poder de negociação diante de Putin. “Se a OTAN fizer como eu digo, a guerra terminará rapidamente e milhares de vidas russas e ucranianas serão salvas”, afirmou.

O presidente ainda acrescentou que, embora “não fosse sua guerra”, estaria disposto a agir para encerrá-la. “Se não, vocês estão apenas desperdiçando meu tempo, e o tempo, energia e dinheiro dos Estados Unidos. Obrigado pela atenção a este assunto!”, concluiu em tom direto.

As declarações, tanto de líderes europeus quanto de Trump, colocam em evidência como cada movimento de Moscou ainda repercute em escala global, especialmente quando envolve drones militares sobrevoando territórios da OTAN.

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