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Curiosidades

Pare de temer a IA e comece a conversar com ela, defende Neil Redding

Se pudéssemos comparar a inteligência artificial (IA) com uma das grandes descobertas da humanidade, ela seria o fogo. Mas não estamos no estágio de criar motores ou da combustão de foguetes, mas ainda aprendendo a não nos queimar.

Essa é a visão de Neil Redding, futurista, estrategista de inovação e palestrante sobre tecnologias emergentes. Além disso, é também fã do café brasileiro e da feijoada. 

O Canaltech entrevistou o especialista no RD Summit 2025, que aconteceu em São Paulo (SP), e traz os destaques da conversa, leve e de olho no futuro, sobre a relação do humano com a IA e da revolução que essa tecnologia traz.


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IA é fogo

Para Redding, a comparação com o domínio do fogo é essencial para entender o momento atual da nossa relação com IA.

Segundo o especialista, quando humanos descobriram o fogo, sabiam apenas iniciá-lo e apagá-lo para cozinhar ou transformar materiais básicos. Eles não imaginavam que, milênios depois, esse mesmo elemento impulsiona carros e indústrias.

“Estamos nos estágios iniciais de descobrir o que essa tecnologia pode fazer e que tipo de relacionamento podemos ter com ela”, afirmou Redding ao Canaltech.

Ele ressalta que nós ainda não temos a dimensão do que a IA será capaz de realizar em um futuro distante. 

A visão do futurista ganha peso quando observamos o mercado atual. De acordo com a Netguru, 78% das empresas globais usam IA em pelo menos uma função de negócio.

Um estudo do MIT, por outro lado, aponta que 95% das empresas não vêem lucro sobre o investimento com IA generativa

Apesar da onipresença do tema, o domínio real da ferramenta ainda é incipiente. 

Uma nova espécie e a relação simbiótica

Durante a entrevista, Redding fez uma provocação ao classificar a IA não só como um software ou ferramenta, mas como algo próximo de uma “nova espécie”, algo vivo. Não no sentido de termos que nos preocupar com uma revolução da tecnologia contra o ser humano, mas por possuir vida própria em sua evolução.

Diante de modelos de linguagem que já rivalizam com especialistas de nível PhD em diversas áreas, é natural que o medo surja. 

Mas, o futurista norte-americano sugere uma mudança de postura. Em vez de apenas observar ou temer a substituição, o ser humano deve buscar uma “relação simbiótica” e de participação ativa.

“Eu encorajo fortemente as pessoas a começarem a ter conversas diárias [com a IA]”, aconselha Redding. Para ele, essa interação constante é a única forma de influenciar como essa tecnologia evolui. “Se você não sabe por onde começar, pergunte à IA: ‘O que você pode fazer por mim? Este é o meu trabalho, como você pode ajudar?'”, sugere.

neil redding em entrevista
Neil Redding em entrevista ao repórter Marcelo Fischer no Canaltech durante o RD Summit 2025 (Imagem: Giovanna Siqueira/Canaltech)

O potencial do Brasil além do “complexo de vira-lata”

Sobre o cenário nacional, Redding destacou a energia e criatividade do ecossistema brasileiro de inovação. 

Ele aponta que, mesmo o Brasil não tendo o mesmo volume de capital disponível que o Vale do Silício ou o suporte governamental massivo da China, o país possui uma diversidade e uma “fome” de inovação que são diferenciais competitivos.

O futurista criticou o que chamou de “complexo de vira-lata” no Brasil, onde se assume que o que vem de fora é automaticamente melhor. 

“O Brasil tem criado comida, cultura, filmes e trabalhos criativos incríveis há muito tempo. O país tem tudo o que precisa para estar na vanguarda dessa conversa”, concluiu Redding.

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augustopjulio

Sou Augusto de Paula Júlio, idealizador do Tenis Portal, Tech Next Portal e do Curiosidades Online, tenista nas horas vagas, escritor amador e empreendedor digital. Mais informações em: https://www.augustojulio.com.