Pare de se perguntar onde fica o centro do universo; físico explica ‘não existe’
Durante séculos, a humanidade se perguntou onde fica o centro do universo. A pergunta, embora intuitiva, parte de uma suposição incorreta. Segundo o físico Rob Coyne, da Universidade de Rhode Island, a resposta é simples e surpreendente: o centro do universo não existe.
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Em 1915, Albert Einstein publicou a Teoria da Relatividade Geral. Na época, acreditava-se que o universo era estático, ou seja: que sempre teve o mesmo tamanho e forma. Mas as observações astronômicas mostraram que o universo está se expandindo.
E essa expansão é diferente de tudo que vemos no cotidiano. Se você olhar para galáxias distantes com um telescópio, verá que todas estão se afastando de nós. E não só de nós: estão se afastando umas das outras. Quanto mais distante a galáxia, mais rápido ela parece fugir. Isso sugere que todo o espaço entre as galáxias está se expandindo ao mesmo tempo.
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O tecido do espaço-tempo está se esticando, e não há um “ponto de origem” central a partir do qual tudo se move. A expansão não é de galáxias se movendo pelo espaço, mas do espaço em si crescendo entre elas.
Por que o centro do universo não existe?
A dificuldade em entender essa ideia vem da forma como nossos cérebros estão programados. Estamos acostumados com objetos que se movem em um espaço tridimensional. No entanto, o universo funciona em quatro dimensões: três espaciais (altura, largura e profundidade) e uma temporal (tempo). Juntas, elas formam o espaço-tempo.

Basicamente, você pode viajar infinitamente em qualquer direção e nunca encontrará um centro. O universo não está se expandindo a partir de algum lugar, mas em todos os lugares ao mesmo tempo. Cada ponto do universo pode ser considerado o “centro” do que se expande ao seu redor, inclusive onde você está agora.
Essa ideia é respaldada pela cosmologia moderna e por observações que mostram uma expansão homogênea e isotrópica (igual em todas as direções). Não há um ponto privilegiado no cosmos. E isso nos leva à beleza da física: ela desafia a intuição e nos obriga a olhar o universo de formas totalmente novas. Isso ajuda a responder onde fica o centro do universo, mas não soluciona todos os mistérios da ciência.
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