Paciente de hospital que morreu e depois voltou à vida revela exatamente o que viu nesse momento “insano”

Relatos sobre o que acontece nos instantes entre a vida e a morte costumam despertar curiosidade, e um caso recente compartilhado por um profissional da área da saúde reacendeu esse interesse. A história veio de alguém que não apenas cuida de pacientes diariamente, mas que também passou pela experiência de ser um deles depois de um episódio grave que o deixou clinicamente morto por alguns minutos.

O autor do relato contou que passou um período significativo em suporte avançado, ligado a aparelhos e, posteriormente, intubado. Após ser reanimado, permaneceu vários dias em um ventilador mecânico. Segundo ele, a vivência mudou completamente sua percepção sobre o corpo, sobre a fragilidade humana e sobre os limites da consciência.

Quando abriu espaço para perguntas, um dos primeiros questionamentos foi sobre o que ele sentiu durante o período em que esteve entre a vida e a morte. A resposta surpreendeu quem acompanhava a discussão.

Ele disse que não houve dor. Nenhuma. Mesmo sabendo depois que o corpo estava em intensa luta fisiológica, o que sentia na hora era conforto. Relatou episódios de vômito enquanto estava intubado e até momentos em que aspirou o próprio conteúdo, mas reforçou que nada disso causou sofrimento. Para quem trabalha na área da saúde, segundo ele, essa sensação foi especialmente inesperada.

Outra parte marcante do relato envolve a presença da família na UTI. Embora não conseguisse mexer um dedo, ele ouvia tudo ao seu redor. Comentou que era como observar o ambiente de um ponto externo ao corpo. As conversas, os sons e até pequenas discussões entre familiares eram percebidos com clareza, mas não havia qualquer maneira de reagir. Uma espécie de consciência ativa presa em um corpo inerte.

A história ganhou um tom ainda mais curioso quando ele descreveu algo que vivenciou logo após a retirada do ventilador. Segundo o relato, ao recobrar a respiração natural, viu a própria avó, falecida em 2004. Contou que ela se aproximou e disse: “vire-se… seu tempo aqui está só começando”. Em seguida, ouviu os enfermeiros chamando seu nome enquanto sentia os tubos sendo removidos.

Em comentários posteriores, disse que considera essa aparição como um presente. Para ele, a mensagem da avó representou calma em um momento caótico. Também reconheceu que não sabe se aquilo foi uma manifestação real ou um efeito de medicações fortes, mas reforçou que a sensação foi extremamente vívida e trouxe conforto imediato.

Outras pessoas passaram a compartilhar experiências semelhantes na discussão. Um profissional que trabalhou em uma unidade de trauma cerebral comentou que a equipe sempre conversa com pacientes em estado vegetativo, pois nunca é possível afirmar com certeza absoluta se há percepção durante aqueles períodos.

Este tipo de relato segue despertando debates, especialmente entre quem acredita que a consciência pode ir além da atividade biológica do cérebro e aqueles que enxergam essas vivências como fenômenos neuroquímicos. O que não muda é o impacto emocional deixado por histórias assim, ainda mais quando vêm de alguém que vive o cotidiano de hospitais tanto do lado clínico quanto do lado vulnerável do leito.

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