Os riscos de participar da tendência sexual “hamstering” que está colocando imagens bizarras na cabeça das pessoas

Um novo modismo adulto nas redes sociais tem chamado atenção e gerado reações de choque. A tendência surgiu no TikTok e já acumula milhões de visualizações, despertando discussões não apenas pela estranheza, mas também pelos riscos envolvidos.

A prática foi apelidada de “hamstering”. Apesar do nome curioso, não há nenhum animal envolvido. O termo se refere à forma peculiar em que a atividade acontece. Segundo a criadora de conteúdo @jenn_nniffer, que fez uma demonstração “leve” em seu carro, a posição consiste no parceiro masculino subir no teto do veículo e colocar o pênis para dentro pelo teto solar. A outra pessoa, do lado de dentro, se estica para alcançar com a boca, lembrando o jeito que um hamster bebe água em garrafinhas presas às grades da gaiola.

Além da estranheza, especialistas têm alertado sobre os riscos. O profissional de cibersegurança Robert Siciliano destacou que, por mais que um conteúdo viral ganhe fama, isso não significa que seja seguro. Ele chamou a atenção para a influência que modas digitais exercem em adolescentes e jovens adultos, muitas vezes sem reflexão sobre possíveis consequências.

Siciliano explicou que fabricantes de automóveis, como a Tesla, já emitiram comunicados internos alertando para lesões causadas por colocar partes do corpo para fora do teto solar. Entre os perigos estão objetos voadores, galhos de árvores e até o risco de alguém acionar, por engano, o fechamento do teto, o que poderia provocar ferimentos graves.

Jennifer, que apresentou a prática, também ressaltou a dificuldade física envolvida. Segundo ela, a posição exige alongamento extremo, comparável a movimentos de yoga ou acrobacia, o que torna a execução complicada para a maioria. Outro detalhe mencionado foi o risco de arranhar a pintura do carro com fivelas ou botões durante a tentativa.

Mas os perigos não param na questão física. Há ainda o fator legal. Nos Estados Unidos, as leis de exposição indecente são bastante rígidas. Em muitos estados, quem for pego em situações do tipo pode responder por contravenção ou até crime mais grave. As penas podem variar de seis meses a dois anos de prisão, dependendo do estado, como no caso da Pensilvânia. Em locais como o Texas, a pena mínima pode ser de 180 dias. Já na Califórnia, há a exigência de registro como agressor sexual em alguns casos.

Apesar de parecer uma simples excentricidade de internet, o chamado “hamstering” já entrou para a lista de modas que chamam atenção pelo risco, mais do que pela novidade. O fenômeno mostra até que ponto a busca por viralidade pode ultrapassar limites físicos, legais e de segurança, trazendo consequências inesperadas para quem decide seguir a tendência.

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