Orkut vai voltar no Brasil? O que se sabe sobre o retorno da rede social

Lembra daquela sensação gostosa de encontrar uma comunidade cheia de gente que curtia a mesma coisa esquisita que você? Ou de receber um depoimento sincero no seu perfil? Essas marcas do Orkut, a rede social que conquistou o Brasil nos anos 2000, podem estar prestes a fazer um retorno triunfal. E quem está por trás disso é o próprio criador, o engenheiro turco Orkut Büyükkökten.

Büyükkökten não esqueceu o carinho especial que o Brasil teve pela sua primeira criação. Por isso, o país não é só uma lembrança, é o foco principal do seu novo projeto. A ideia é clara: trazer de volta a essência que fez do Orkut original um fenômeno. Isso significa colocar as comunidades temáticas de volta no centro do palco e valorizar conexões mais autênticas entre as pessoas, longe da pressão por likes e da busca incessante por atenção.

Enquanto as redes sociais dominantes hoje dependem de algoritmos complexos que priorizam o engajamento a qualquer custo, muitas vezes gerando conteúdo superficial ou até polarizado, o novo Orkut promete um caminho diferente. A proposta é uma experiência mais leve, menos barulhenta, onde conversas reais e interesses compartilhados voltem a ter destaque.

Desde que reativou o site orkut.com em 2022, Büyükkökten vem dando pistas sobre essa volta. Em eventos como o Rio Innovation Week, ele confirmou que o lançamento da nova plataforma pode acontecer ainda em 2025, embora uma data exata ainda não esteja definida. O desenvolvimento é um esforço conjunto, com equipes trabalhando tanto em São Paulo, no Brasil, quanto no Vale do Silício, nos Estados Unidos.

A modernidade também terá seu espaço. A nova rede planeja usar ferramentas de inteligência artificial, mas com um propósito específico e cuidadoso: ajudar na moderação de conteúdo.

O objetivo é criar um ambiente mais seguro e acolhedor para todos, combatendo discursos de ódio e desinformação, mas sem cair na armadilha de censurar opiniões legítimas. Büyükkökten acredita que é perfeitamente possível usar tecnologia avançada para promover o bem-estar digital dos usuários.

E quem será o público? Os “veteranos” que sentem saudade daquele espírito de comunidade certamente estão na mira. Mas o novo Orkut também mira a Geração Z. Muitos jovens hoje buscam alternativas às redes tradicionais, cansados da cultura da perfeição e da superficialidade. Eles anseiam por espaços onde possam se expressar de forma mais genuína e construir relações com mais significado. É nesse desejo que o projeto aposta para reconquistar corações, tanto os antigos quanto os novos.

Detalhes sobre o design e as funcionalidades exatas ainda são guardados a sete chaves. Mas uma coisa é certa: a intenção é manter viva a memória do Orkut original. Imagine comunidades vibrantes, perfis que você pode realmente personalizar e aquela tradição dos depoimentos, tudo isso repaginado para os dias de hoje.

Büyükkökten promete uma versão mais segura e moderna, mas fiel ao espírito de “vizinhança” e pertencimento que marcou os primeiros anos das redes sociais. A ideia central é simples: reconectar pessoas através de valores humanos, promovendo união em vez de rivalidade. O Brasil aguarda ansiosamente para ver se a magia vai se repetir.

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