O que garante o uso gratuito do ChatGPT, Gemini e demais IAs? 6 motivos
Chatbots de IA generativa como ChatGPT, Gemini e Claude oferecem acesso gratuito a modelos poderosos com capacidade de pesquisa, análise, raciocínio e respostas rápidas. Com tecnologias tão avançadas, é comum ter a dúvida sobre como essas empresas oferecem uma versão sem custos dos serviços.
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A resposta tem a ver com práticas de mercado, limitações da versão gratuita e até mesmo com o próprio desenvolvimento dos modelos que abastecem cada IA. A seguir, o Canaltech traz alguns motivos que viabilizam chatbots de graça:
O que garante que as IAs sejam gratuitas?
Confira a lista:
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- Aumento da base de usuários
- Treinamento de modelos
- Limites de uso
- Modelos mais básicos
- Faturamento com vendas e assinaturas
- Controle sobre acesso
Aumento da base de usuários
As ferramentas de IA generativa são relativamente novas — o ChatGPT, pioneiro no setor, existe desde 2022. Então, oferecer acesso sem custos foi uma forma aumentar a base de usuários e introduzir a tecnologia.
O pesquisador da consultoria TGT ISG Marcio Tabach explica que a estratégia foca em mostrar a ferramenta, fidelizar usuários e depois monetizar.
“O principal objetivo é gerar adoção, fazer com que a plataforma seja testada pelos usuários, que eles passem a utilizá-la e ampliem a base. A monetização vem depois, com o uso intensivo e o sucesso comprovado da plataforma. Mostrar que aquele sistema funciona bem, gera bons resultados e pode ser usado por uma grande base de usuários ajuda a empresa a vender serviços adicionais, ou seja, a versão premium. Traz mais conversas por dia, mais velocidade, mais recursos, entre outras vantagens”, comenta.
Treinamento de modelos
A interação é importante para refinar e treinar novos LLMs. As principais empresas do mercado afirmam que usam as conversas dos usuários para feedbacks e desenvolvimento dos novos modelos, então mais pessoas interagindo também representam maior número de dados para esse processo.
“[O modelo] aprende como está sendo utilizado, quais temas são mais procurados, quais tipos de perguntas são feitas, e isso contribui para calibrar o modelo. Há também a questão do reinforcement learning: quando usamos os modelos, podemos avaliar as respostas como boas ou ruins, e essas avaliações são essenciais para o aprimoramento contínuo do sistema”, explica Marcio Tabach.

Limites de uso
Os serviços gratuitos de IA têm limites de uso em comparação com as versões pagas. Isso significa que cada conta tem uma quantia máxima de interações ou tokens compartilhados com o chatbot por um determinado período — a quantidade varia conforme cada empresa.
Além disso, é comum que os assinantes pagos tenham prioridade nos prompts quando os servidores passarem por alguma lentidão.
Modelos mais básicos
As versões gratuitas normalmente operam com LLMs (modelos que abastecem a IA) mais antigos ou versões mais leves. O Google Gemini usa a versão Flash (variante menor) no plano gratuito e dá acesso ilimitado à versão Pro (maior e com melhor desempenho) nos planos pagos, por exemplo.
Manter modelos de IA mais poderosos custa mais caro e exige maior força computacional dos servidores. Assim, as empresas limitam o acesso e evitam que o serviço fique sobrecarregado.

Faturamento com vendas e assinaturas
Com a popularização das IAs, o faturamento das companhias do setor pode aumentar graças à venda do acesso a APIs pelas empresas e pelas assinaturas individuais dos planos pagos.
Aos poucos, o mercado se aproxima de um modelo “freemium” (serviço gratuito, mas com opções pagas) em que as assinaturas garantem o uso das IAs mais poderosas. A variedade de planos também aumenta, com direito a um modelo mais básico e outro nível mais caro, com opções que chegam a R$ 1 mil por mês no mercado.
Controle sobre acesso
As Big Techs também têm o controle sobre o que as pessoas podem acessar: é comum que modelos ultrapassados sejam desativados e deem espaço para soluções mais novas. Dessa forma, há um controle maior sobre acessos e uso dos servidores.
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