O que foi o código Hays?
Foi um conjunto de regras publicado em 1930 pelos Produtores e Distribuidores de Filmes da América (MPPDA, na sigla em inglês) que impedia basicamente qualquer ousadia nos longas de Hollywood: coxas, lingeries, narcóticos, drinks, armas, blasfêmias e outros favoritos do Tarantino não
podiam aparecer na telona.
Era uma forma de censura autoimposta, já que a MPPDA era uma associação privada que defendia os interesses dos estúdios – e não um órgão regulador do governo. O responsável por redigir esse manual do moralismo foi Will Hays, um cristão puritano que presidiu a MPPDA entre 1922 e 1945.
Nos primeiros anos, a equipe de censores era pequena demais para o número de lançamentos, e era difícil negociar as alterações e cortes com os estúdios. De 1934 em diante, porém, a fiscalização enrijeceu. Vide o filme Rebecca, de Alfred Hitchcock: o enredo do livro original gira em torno do assassinato de uma mulher, mas o código obrigou o diretor a transformar a morte da personagem em um acidente na versão cinematográfica.
Alguns anos depois, a título de provocação, Hitchcock driblou o limite de tempo de tela para beijos com uma cena de pegação de dois minutos e meio – em que o casal separava as bocas a cada três segundos (sim: esse era o máximo que lábios podiam permanecer colados no cinema).
Com a ascensão da contracultura na década de 1960, muitos cineastas passaram a quebrar o código propositalmente como forma de protesto, a concorrência com a televisão e com produções de outros países reforçou a necessidade de adicionar um tompêro safadinho nos filmes. Em 1968, no auge da contracultura hippie, que o código Hays deu lugar ao sistema atual de classificação indicativa.
Pergunta de Bruno Carbinatto, repórter da Super
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