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Curiosidades

O Nobel de Física que alerta sobre o fim da espécie humana

Geoffrey Hinton, cientista britânico considerado um dos grandes pioneiros da inteligência artificial, voltou a chamar a atenção do mundo com uma previsão que soa perturbadora. Em uma entrevista concedida ao jornal espanhol El Mundo, ele declarou que, em cerca de 20 anos, máquinas superinteligentes poderão não apenas ultrapassar a capacidade humana, mas também nos substituir completamente.

“Dentro de 20 anos, seres superinteligentes nos substituirão. Corremos o risco de extinção”, afirmou o pesquisador. Suas palavras têm ainda mais peso por virem de alguém que recebeu o Prêmio Nobel de Física em 2024, reconhecimento dado pelas contribuições decisivas ao desenvolvimento do aprendizado automático com redes neurais.

Para Hinton, não se trata de pessimismo ou ficção científica, mas de realismo histórico. Em sua visão, quando tecnologias de grande impacto não recebem limites claros, acabam sendo exploradas até gerarem sérios abusos.

A urgência da regulação internacional

O cientista vem defendendo há anos que a inteligência artificial precisa de uma regulamentação global. Ele reconhece os avanços da União Europeia na criação de um marco legal, mas aponta falhas graves, especialmente a exclusão do setor militar. Segundo Hinton, países europeus que produzem armas buscam desenvolver sistemas letais autônomos, e permitir exceções nesse campo representa um perigo enorme.

Outro ponto que ele critica é a prioridade dada a temas como privacidade e discriminação, enquanto riscos de maior alcance, como aplicações bélicas, criminosas ou até bioterroristas, acabam ficando em segundo plano. Para ele, esses aspectos precisam ser encarados de frente, pois já representam ameaças concretas à estabilidade mundial.

Hinton também questiona a postura das grandes empresas de tecnologia. Ele citou companhias como o Google, que abandonaram compromissos éticos relacionados ao uso militar da IA e afrouxaram políticas inclusivas diante de pressões políticas e comerciais. Na avaliação do cientista, isso mostra que os interesses econômicos seguem prevalecendo sobre a segurança de longo prazo.

Preocupado em ampliar o alcance do debate, Hinton revelou que terá um encontro com o Papa Leão XIV, buscando envolver lideranças religiosas em uma discussão que afeta toda a sociedade. Para ele, figuras como o Papa ou o Dalai Lama têm real poder de influência política, e uma declaração de apoio à regulação poderia pressionar governos a agir de maneira mais firme contra os excessos das empresas de tecnologia.

Riscos de curto e longo prazo

Embora Hinton projete cenários extremos envolvendo superinteligências que poderiam substituir os seres humanos, ele insiste que os perigos mais urgentes já são visíveis. Entre eles, aponta o risco de desemprego em massa devido à automação de trabalhos qualificados, a manipulação de democracias com desinformação em larga escala, a evolução dos ciberataques e até o uso da inteligência artificial para desenvolver vírus ou armas químicas.

“Esses são riscos de curto prazo, provocados por atores mal-intencionados. Não há necessidade de entrar em debates metafísicos para entendê-los, basta olhar o que já está acontecendo”, afirmou.

Reconhecimento e trajetória

Em 2024, Geoffrey Hinton dividiu o Nobel de Física com John Hopfield. O prêmio foi concedido pelos estudos fundamentais que deram origem às redes neurais artificiais, base da tecnologia que hoje sustenta desde assistentes virtuais até modelos de geração de imagens e sistemas de visão computacional.

Ao receber o prêmio, Hinton disse estar “atônito” e agradeceu à Universidade de Princeton, onde é professor emérito. Sua carreira e seu prestígio científico transformaram suas declarações em um ponto de atenção para governos, empresas e especialistas, mesmo quando suas advertências são vistas como incômodas.

Para ele, a questão central é simples: a sociedade está preparada para lidar com uma tecnologia que avança em ritmo mais acelerado que a legislação? Hinton acredita que, sem uma regulação internacional forte, os riscos de consequências existenciais serão inevitáveis.

Esse O Nobel de Física que alerta sobre o fim da espécie humana foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.

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augustopjulio

Sou Augusto de Paula Júlio, idealizador do Tenis Portal, Tech Next Portal e do Curiosidades Online, tenista nas horas vagas, escritor amador e empreendedor digital. Mais informações em: https://www.augustojulio.com.