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Curiosidades

O escudo invisível da Terra está mudando completamente. Há uma enorme anomalia crescendo silenciosamente sob o Brasil

Entre a América do Sul e a África, no coração do Atlântico Sul, sobre o Sul do Brasil, está ocorrendo um fenômeno silencioso que tem chamado a atenção de cientistas de todo o mundo. O escudo magnético natural que protege a Terra da radiação solar está enfraquecendo nessa região. Essa área, conhecida como Anomalia do Atlântico Sul (AAS), já alcança uma extensão comparável ao tamanho da Europa e continua se expandindo, de acordo com um estudo recente publicado na revista Physics of the Earth and Planetary Interiors.

Nos últimos dez anos, a AAS cresceu cerca de 1% em área, atingindo uma extensão equivalente à metade do território dos Estados Unidos. Embora não haja risco imediato para a população, o avanço constante dessa anomalia preocupa especialistas devido aos impactos potenciais em satélites, comunicações e missões espaciais.

A origem da “ferida” magnética

O campo magnético terrestre funciona como um escudo invisível que desvia partículas carregadas vindas do Sol, protegendo a atmosfera e a vida na superfície. Ele é gerado a aproximadamente 3.000 km de profundidade, no núcleo externo do planeta, onde o ferro líquido em movimento cria correntes elétricas responsáveis por manter um gigantesco “ímã” natural ativo.

Esse escudo, no entanto, não é uniforme. A Anomalia do Atlântico Sul se manifesta como uma região em que a intensidade magnética é significativamente menor que em outras partes do planeta. Os cientistas acreditam que isso ocorre devido a instabilidades no fluxo de ferro líquido, que provocam desequilíbrios no campo magnético global.

“Algo especial está ocorrendo nessa região”, explicou o geofísico Chris Finlay, da Universidade Técnica da Dinamarca. “O campo está se enfraquecendo mais rapidamente em direção ao continente africano do que em direção à América do Sul, e ainda não compreendemos completamente por quê.”

© ESA

© ESA

Satélites revelam os movimentos profundos da Terra

Os primeiros registros da AAS datam da década de 1960, mas o monitoramento detalhado só se tornou possível com a missão Swarm da Agência Espacial Europeia, lançada em 2013. Três satélites gêmeos orbitam a Terra medindo com alta precisão os sinais magnéticos provenientes do núcleo, manto, crosta, oceanos e ionosfera.

“Somente com satélites como os da missão Swarm conseguimos mapear essa estrutura por completo e acompanhar sua evolução”, afirmou Finlay em comunicado divulgado pela ESA. Os dados mais recentes revelam não apenas o crescimento da anomalia, mas também seu deslocamento gradual para o oeste. Esse movimento é associado a fluxos profundos no núcleo líquido do planeta.

As visualizações produzidas a partir dessas medições mostram a AAS como uma vasta mancha azul se expandindo lentamente no Atlântico. A imagem se assemelha a uma ferida pulsante no campo magnético da Terra.

Riscos para satélites e missões espaciais

O avanço da anomalia não representa perigo direto para os habitantes da superfície, mas é um desafio significativo para satélites e veículos espaciais que cruzam a região. Nessas áreas de campo magnético enfraquecido, os equipamentos ficam mais expostos à radiação solar e cósmica, o que pode provocar falhas eletrônicas, interferências ou até apagões temporários.

Astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional também enfrentam níveis mais altos de radiação ao sobrevoar a AAS. Além disso, alterações no campo magnético podem afetar espécies migratórias, como aves e baleias, que usam esse campo como referência para navegação.

Um planeta em constante transformação

O campo magnético da Terra está em mudança contínua. Fenômenos como a Anomalia do Atlântico Sul fazem parte desse comportamento dinâmico e imprevisível. Alguns pesquisadores levantam a hipótese de que enfraquecimentos regionais como esse possam indicar fases que antecedem uma possível inversão dos polos magnéticos — um processo natural que já ocorreu diversas vezes ao longo da história geológica.

Até o momento, não há sinais concretos de que uma inversão esteja próxima. Ainda assim, acompanhar a evolução da AAS é fundamental para compreender melhor o que se passa no núcleo terrestre e como isso pode influenciar as condições magnéticas do planeta nas próximas décadas.

A mais de 3.000 km de profundidade, o ferro líquido que se movimenta mantém ativo o escudo que protege a Terra de radiações perigosas. O crescimento da Anomalia do Atlântico Sul mostra que esse escudo não é estático: pulsa, muda de forma e reage às forças escondidas no interior do planeta. Cada novo dado revela um pouco mais desse mecanismo invisível que, embora silencioso, é essencial para a manutenção da vida na superfície.

Esse O escudo invisível da Terra está mudando completamente. Há uma enorme anomalia crescendo silenciosamente sob o Brasil foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.

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augustopjulio

Sou Augusto de Paula Júlio, idealizador do Tenis Portal, Tech Next Portal e do Curiosidades Online, tenista nas horas vagas, escritor amador e empreendedor digital. Mais informações em: https://www.augustojulio.com.