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Curiosidades

Novo método usa bactérias para transformar resíduos plásticos em paracetamol

Pesquisadores da Universidade de Edimburgo, no Reino Unido, desenvolveram um novo método que utiliza bactérias para transformar resíduos plásticos em paracetamol. Os resultados do estudo foram publicados na revista Nature Chemistry em 23 de junho.

Esse medicamento é tradicionalmente produzido a partir de insumos derivados de combustíveis fósseis, como o petróleo bruto. De acordo com a instituição britânica, milhares de toneladas desses combustíveis são usadas anualmente por indústrias farmacêuticas para produzir o analgésico.

Os químicos da universidade verificaram que uma versão geneticamente modificada da bactéria Escherichia coli (E. coli) — um microrganismo geralmente inofensivo — pode ser usada para sintetizar o paracetamol a partir de um composto laboratorial obtido com base no tereftalato de polietileno (PET).


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Esse tipo de plástico é considerado leve e resistente, sendo comumente utilizado em garrafas de água e embalagens de alimentos.

Resíduos plásticos
Tereftalato de polietileno (PET) geralmente é usado na fabricação de garrafas de água (Unsplash/Tanvi Sharma)

Desenvolvimento do método

Uma equipe de químicos do Laboratório Wallace, da Universidade de Edimburgo, usou a E. coli para transformar uma molécula derivada do PET, conhecida como ácido tereftálico, no ingrediente ativo do paracetamol.

Para isso, foi empregado um processo de fermentação semelhante ao da fabricação de cerveja. Com esse método, foi possível acelerar a conversão dos resíduos industriais de PET no analgésico em menos de 24 horas. Segundo os cientistas, cerca de 90% do produto obtido ao final do processo era paracetamol.

Pílula de medicamento
Novo método converteu resíduos industriais de PET em analgésico em menos de 24 horas (Reprodução/Freepik)

“Este trabalho demonstra que o plástico PET não é apenas um resíduo ou um material destinado a se tornar mais plástico — ele pode ser transformado por microrganismos em novos produtos valiosos, incluindo aqueles com potencial para tratar doenças”, destacou o professor Stephen Wallace, chefe do Departamento de Biotecnologia da Universidade de Edimburgo, em comunicado.

Ainda de acordo com os pesquisadores, a nova técnica praticamente não gerou emissões de carbono. A abordagem abre caminho para processos mais sustentáveis na produção de medicamentos, reduzindo o desperdício, a emissão de gases do efeito estufa e a dependência de combustíveis fósseis.

Confira o estudo na íntegra na Nature Chemistry.

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augustopjulio

Sou Augusto de Paula Júlio, idealizador do Tenis Portal e do Curiosidades Online, tenista nas horas vagas, escritor amador e empreendedor digital. Mais informações em: https://www.augustojulio.com.