Nova função no Facebook permite que IA veja fotos que você ainda nem publicou

Na última sexta-feira (17), a Meta anunciou uma nova função no Facebook que promete facilitar a criação e o compartilhamento de fotos e vídeos, mas também levanta dúvidas sobre privacidade. A ferramenta, baseada em inteligência artificial (IA), analisa imagens e vídeos do rolo de câmera do celular, inclusive aqueles que nunca foram publicados, para sugerir colagens, edições e lembranças prontas para compartilhar.

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A novidade, já disponível nos Estados Unidos e Canadá, é uma ferramenta opt-in, ou seja, o usuário precisa aceitar participar. Após a ativação, o Facebook passa a ter acesso às mídias armazenadas no celular. A IA da Meta identifica fotos e vídeos que ficaram perdidos entre capturas de tela e imagens aleatórias e cria automaticamente montagens, colagens e edições criativas.

O objetivo, segundo a Meta, é incentivar as pessoas a compartilharem mais momentos e facilitar o processo de edição e publicação. O recurso oferece sugestões privadas, visíveis apenas ao dono da conta, que pode decidir o que publicar, quando e com quem.

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Como funciona e o que acontece com suas fotos

Ao ativar a função, o Facebook envia suas fotos e vídeos não publicados para a nuvem da Meta, onde são analisados pela IA. A empresa afirma que esse conteúdo não é usado para treinar seus modelos de inteligência artificial, a menos que o usuário opte por editar as imagens com as ferramentas da plataforma ou compartilhar o resultado.

Segundo a porta-voz da Meta, Mari Melguizo, apenas nesses casos os dados podem contribuir para aprimorar as IAs da empresa. A Meta também garante que o conteúdo do rolo de câmera não será usado para direcionar anúncios.

Privacidade e controle do usuário

Apesar das garantias, especialistas e usuários demonstram preocupação com a quantidade de dados que o recurso exige. O Facebook afirma que o acesso pode ser desativado a qualquer momento nas configurações do aplicativo.

Enquanto a empresa planeja expandir a função para outros países nos próximos meses, o debate sobre até onde vai a coleta de dados pessoais pela IA da Meta promete continuar.

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