NASA revela vídeo com imagens mais próximas do Sol já feitas em todos os tempos
A NASA divulgou, na última quinta-feira (10), um vídeo com as imagens mais próximas do Sol já feitas na história. A captura foi realizada pela Sonda Solar Parker, da agência espacial norte-americana, e mostra tanto a coroa solar quanto os ventos da estrela logo após sua liberação.
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As imagens foram feitas durante um sobrevoo ao Sol realizado em 24 de dezembro de 2024. Esse voo, inclusive, fez com que a Parker se tornasse a nave espacial que mais se aproximou do Sol até hoje — chegando a apenas 6,1 milhões de quilômetros da superfície solar.
Os novos registros da atividade solar foram obtidos com o Wide-Field Imager for Solar Probe (WISPR), instrumento da sonda que atua como um telescópio de campo amplo.
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“A Sonda Solar Parker nos transportou mais uma vez para a atmosfera dinâmica da nossa estrela mais próxima. Estamos testemunhando, com nossos próprios olhos e não apenas por meio de modelos, o local onde se originam as ameaças do clima espacial que afetam a Terra”, ressaltou Nicky Fox, administradora associada da Diretoria de Missões Científicas da NASA, em comunicado.
Segundo Fox, as novas informações capturadas com a Parker ajudarão os cientistas a aprimorar as previsões do clima espacial, com o objetivo de garantir a segurança de astronautas e da tecnologia humana, tanto na Terra quanto em outras regiões do Sistema Solar.
Detalhes sobre o vento solar
As imagens feitas pela Sonda Solar Parker fornecem aos cientistas novos detalhes sobre o que acontece com o vento solar logo após sua liberação da coroa solar.
De acordo com a NASA, os registros feitos pelo WISPR mostram a lâmina de corrente heliosférica — região onde a direção do campo magnético do Sol muda de norte para sul.
Outro destaque observado em alta definição é a colisão de múltiplas ejeções de massa coronal (CMEs), grandes explosões de partículas carregadas que são consideradas peças-chave na influência do clima espacial.
“Nessas imagens, vemos as CMEs basicamente se acumulando umas sobre as outras. Estamos usando isso para entender como as CMEs se fundem, o que pode ser importante para o clima espacial”, explicou Angelos Vourlidas, cientista responsável pelos instrumentos WISPR no Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins.

Os cientistas ressaltam que a colisão entre CMEs dificulta as previsões sobre suas trajetórias. Além disso, sua fusão pode acelerar partículas carregadas e misturar campos magnéticos — um potencial risco para astronautas e satélites no espaço.
Com a visão mais próxima do Sol já registrada, os especialistas conseguem se preparar melhor para prever e analisar as características e os impactos das ejeções de massa coronal no ambiente espacial.
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