NASA anuncia: “O sinal mais claro de vida que já encontramos em Marte”

Uma coletiva de imprensa da NASA movimentou a comunidade científica ao revelar aquilo que os pesquisadores consideram o “sinal mais claro de vida já encontrado em Marte”. A descoberta veio a público após dias de expectativa, já que a agência havia antecipado que o anúncio feito pela equipe do rover Perseverance seria especial.

Sean Duffy, administrador interino da NASA, abriu a apresentação lembrando a trajetória de exploração do planeta vermelho. “Nos últimos 30 anos, a NASA tem explorado Marte. Nessa exploração buscamos sinais de vida, buscamos água”, afirmou.

Ele explicou que, em outras ocasiões, a equipe acreditou ter encontrado indícios biológicos, mas análises posteriores sugeriram explicações alternativas. “No passado, quando pensamos ter visto sinais de vida, levamos ao meio científico. A resposta foi que aquilo tinha outras causas, que não eram biológicas”, acrescentou.

Segundo Duffy, a situação atual é diferente. “Há um ano encontramos uma amostra. Pensamos que havia sinais de vida microbiana na superfície de Marte. Então pedimos a colegas cientistas que colocassem essa hipótese à prova, que analisassem e dissessem: acertamos ou não? São sinais de vida antiga em Marte?”. O administrador revelou que, após um ano de revisões, o retorno foi surpreendente. “Eles disseram que não encontraram outra explicação. Isso pode muito bem ser o sinal mais claro de vida já identificado em Marte.”

A declaração foi reforçada por Nicky Fox, administradora associada da NASA, que destacou o impacto da descoberta para além do planeta vermelho. “É realmente um dia emocionante. Dentro de 10 anos-luz da Terra, existem pelo menos 400 planetas conhecidos. Isso significa que há uma possibilidade, alguns diriam até probabilidade, de vida além da Terra, talvez até vida inteligente”, comentou.

Fox também mostrou imagens obtidas em uma região marciana chamada Cheyava Falls. O rover Perseverance registrou formações descritas como “manchas de leopardo” em uma rocha de mudstone. “Sabíamos imediatamente que era algo interessante. Não havíamos visto nada parecido em Marte, e discutimos isso no último verão. Após as análises, pensamos que podem ter sido formadas por algum tipo de vida antiga. Esta descoberta é o ponto mais próximo que já chegamos de encontrar sinais de vida em Marte”, declarou.

A revelação marca um avanço significativo nas investigações sobre a possibilidade de organismos extraterrestres. O Perseverance, que atua na superfície marciana desde 2021, continua a coletar amostras e enviar dados que podem redefinir o entendimento sobre a história do planeta vizinho e sobre a existência de vida além da Terra.

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