Mulher de 101 anos que ainda trabalha seis vezes por semana explica o que teme que aconteceria se ela se aposentasse

Com 101 anos de idade, Ann Angeletti continua acordando cedo, se arrumando e indo trabalhar quase todos os dias da semana. Natural de Nova Jersey, ela ainda administra sua própria joalheria, chamada Curiosity Jewelry, na cidade de Cresskill, onde trabalha lado a lado com a filha e a neta.

Ann nasceu no início da década de 1920 e cresceu em uma época completamente diferente. Ainda menina, abandonou a escola para ajudar a família no armazém que mantinham no Brooklyn. Seu pai também trabalhava vendendo blocos de gelo de porta em porta com uma carroça puxada por cavalo, já que os refrigeradores domésticos ainda não existiam.

Com o passar dos anos, Ann viveu mudanças profundas na sociedade e atravessou períodos marcantes da história. Durante a Segunda Guerra Mundial, quando o marido foi enviado para lutar, ela se empregou no Navy Yard, um estaleiro naval americano, e depois trabalhou como garçonete.

A vida de empresária começou quase por acaso. Em 1964, ao ver que uma joalheria próxima estava disponível para aluguel, ela telefonou para o proprietário e perguntou o valor. “Ele disse que era 85 dólares por mês”, contou à emissora ABC7. E assim nasceu o negócio que ela mantém até hoje, mais de meio século depois.

Ann trabalhou durante toda a sua vida (Eyewitness News ABC7NY)

Mesmo após completar um século de vida, Ann continua ativa, indo à loja seis vezes por semana. Ela afirma que não pensa em se aposentar. “Se eu me aposentar, eu morro. Não posso ficar em casa”, declarou, com sua franqueza característica.

A longevidade de Ann está acompanhada de uma vitalidade impressionante. Ela garante que o segredo para chegar tão bem aos 101 anos está nos cuidados diários consigo mesma. “Você precisa levantar, tomar banho, comer, cuidar de si. Precisa se exercitar. Se não gosta do que faz, mude”, disse.

Mas o trabalho, para ela, vai além da renda. Ann gosta de estar entre pessoas e de manter a rotina da loja. “Não me importo se meus clientes não compram. Eles entram, tomamos café e conversamos”, contou. Muitos a consideram uma inspiração por sua energia e pela forma como encara a vida.

Mesmo depois de um século repleto de desafios, Ann segue encontrando prazer no que faz. “Aproveite o dia ao máximo. Estou feliz trabalhando todos os dias”, afirmou.

A centenária joalheira continua provando, dia após dia, que a dedicação e o amor pelo que se faz podem ser tão valiosos quanto as próprias joias que cria.

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