Menino de 1 ano foi devorado por crocodilo na frente do pai após ser arrancado de canoa de pesca

Um dia de pesca rotineiro transformou-se em uma tragédia indescritível para uma família na região de Lahad Datu, em Sabah, na Malásia. Na manhã de quinta-feira, 19 de junho, um pai e seu filho de apenas um ano estavam em uma canoa nas águas costeiras. Enquanto o homem pescava, o garotinho estava com ele na pequena embarcação. Foi então que o horror se abateu: um crocodilo atacou subitamente, arrastando a criança para as profundezas.

O pai, movido pelo instinto mais puro, não hesitou. Ele mergulhou na água e lutou desesperadamente contra o poderoso réptil, tentando resgatar seu filho da mandíbula fatal. Infelizmente, a força do animal era avassaladora.

Apesar da coragem e do esforço sobre-humano, o homem não conseguiu salvar o menino. Ele próprio saiu gravemente ferido do confronto, com lesões sérias na cabeça e no corpo, necessitando do auxílio imediato de outros moradores da vila para sair do rio. O pequeno permanece desaparecido.

O pai estava pescando à beira da água quando seu filho de um ano foi atacado por um crocodilo (Viral Press)

Sumsoa Rashid, chefe da Agência de Bombeiros e Resgate de Lahad Datu, confirmou os detalhes angustiantes. O pai foi levado às pressas para o Hospital de Lahad Datu para receber tratamento médico. Enquanto isso, as operações de busca pelo corpo do menino continuam, envolvendo a Polícia Real da Malásia. Rashid destacou um dilema cruel enfrentado pela comunidade local: muitos residentes dependem totalmente do rio para sua subsistência, seja para pescar seu alimento, seja para seu trabalho diário.

Eles precisam entrar nessas águas, mesmo sabendo do perigo agora amplificado. As autoridades emitiram um alerta urgente, pedindo extrema cautela, pois o crocodilo responsável pelo ataque provavelmente ainda está na área. Sabah é conhecida por sua significativa população de crocodilos-de-água-salgada (Crocodylus porosus), os maiores répteis do planeta, capazes de ataques fatais.

Ataques de crocodilo, embora relativamente raros em termos globais, são frequentemente devastadores quando ocorrem. Eles são predadores de emboscada extremamente eficientes. Em 2022, na Austrália Ocidental, um caso semelhante exigiu ação drástica. Uma mulher de 38 anos foi atacada enquanto nadava no Lago Argyle, em Butler Cove.

Apesar dos esforços de resgate, ela não sobreviveu. Investigadores do Departamento de Biodiversidade e Conservação identificaram o crocodilo agressor como um “animal problema” devido ao seu comportamento incomum e agressivo – ele chegou a se aproximar de barcos.

Acredita-se que crocodilos sejam responsáveis por cerca de 1.000 mortes humanas por ano

Com a segurança pública em risco, especialmente considerando eventos como a tradicional maratona aquática anual do lago, a decisão difícil foi tomada: o animal foi abatido para prevenir novas tragédias.

Um incidente mais recente, nas Filipinas, teve um desfecho diferente, embora igualmente assustador. Um turista visitando o Kabug Mangrove Park and Wetlands zoo decidiu escalar uma cerca para chegar mais perto do que ele achou ser uma estátua de crocodilo.

O erro foi trágico: o animal era muito real. O crocodilo atacou o homem. Por sorte, e talvez devido à intervenção rápida ou ao fato do animal estar em cativeiro, o turista sobreviveu, escapando com ferimentos, mas vivo para contar a história. Esse caso serve como um alerta bizarro sobre os perigos de subestimar esses animais ou ignorar barreiras de segurança.

Sabe onde ocorrem mais ataques fatais de crocodilo no mundo? As águas do Sudeste Asiático e do Norte da Austrália estão entre as mais perigosas. Os crocodilos-de-água-salgada, comuns nessa região da Malásia, podem atingir mais de 6 metros de comprimento e pesar mais de uma tonelada. Sua mordida é uma das mais fortes do reino animal.

A combinação de seu tamanho, poder, comportamento territorial e habilidade de se camuflar perfeitamente na água os torna predadores formidáveis e imprevisíveis. A triste perda do menino em Sabah é um lembrete brutal da força primitiva que ainda habita nossos rios e costas.

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