Mãe, informada de que o filho tinha tirado a própria vida, fica chocada ao descobrir o corpo dele exposto em um museu

Uma mãe norte-americana sustenta há anos uma suspeita que mistura dor, dúvida e uma sequência de coincidências inquietantes. Para Kim Erick, o corpo exibido em uma mostra de anatomia em Las Vegas seria o de seu filho, Chris Todd Erick, morto em 2012 aos 23 anos. A convicção surgiu após um longo período revisitando documentos, investigando detalhes da morte e, principalmente, observando fotografias de uma das peças expostas no evento Real Bodies.

Chris faleceu na casa da avó, no Texas, e a causa inicial divulgada pelas autoridades foi suicídio. Na época, acreditou-se que ele teria sofrido duas paradas cardíacas durante o sono devido a um defeito cardíaco. Kim, devastada, deixou que o pai de Chris cuidasse da cremação e recebeu apenas um colar contendo uma pequena porção das supostas cinzas do filho.

Com o passar dos meses, algo começou a incomodar a mãe. Ela tentou obter as fotos do local onde o corpo havia sido encontrado e, segundo afirma, o material incluía imagens de uma cadeira com tiras, além de marcas de hematomas e cortes no corpo do jovem. Para ela, nada parecia coerente com a versão inicial das autoridades.

Com insistência, conseguiu solicitar a análise de um vidro de sangue guardado pelo legista. O exame apontou uma quantidade letal de cianeto no organismo de Chris. O laudo então mudou a causa da morte para toxicidade por cianeto. O caso chegou a mobilizar um grande júri do condado de Ellis em 2014, numa tentativa de determinar se houve ou não homicídio. Como não foi possível comprovar que alguém administrou o veneno, a morte acabou classificada como suicídio por “meios indeterminados”. A polícia de Midlothian, responsável pela investigação, afirmou não haver sinais de crime.

Chris Erick morreu em 2012 

Mesmo assim, Kim jamais encontrou paz. A busca por respostas acabou levando a mãe a pesquisar online por características físicas que lembrava do filho, como uma fratura profunda no lado direito do crânio. Em 2018, enquanto navegava por notícias, ela encontrou imagens de um corpo plastinado conhecido como “Thinker”, exibido em um museu de Las Vegas. O impacto foi imediato. Para ela, o formato da cabeça, o padrão das marcas e a aparência geral correspondiam ao do corpo de Chris.

A mostra Real Bodies, organizada pela empresa Imagine Exhibitions, apresentava cerca de 20 corpos preservados por plastinação para estudo anatômico. Visitantes observavam músculos, ossos e órgãos em detalhes. Para Kim, porém, aquela visão era outra coisa: “Eu sabia que era ele. Era doloroso demais. Ver aquelas fotos foi devastador. Eu estava diante do corpo esfolado do meu filho”, contou ao jornal The Sun.

Convencida de que reconhecia cada característica, Kim procurou os organizadores para solicitar um exame de DNA nos restos expostos. Ela afirma que a região onde Chris tinha uma tatuagem teria sido desgastada para ocultar a identidade. Disse também que, depois de levantar suspeitas, o corpo teria sido transferido para Union City, no Tennessee, e que não teria sido localizado desde então.

A empresa responsável pela exposição negou todas as alegações. Em nota, afirmou que “não há qualquer base factual” nas suspeitas da mãe. Disse ainda que o espécime em questão está em exibição contínua desde 2004, anos antes da morte de Chris, e que foi adquirido na China. A organização reforçou que todos os corpos em mostra são obtidos eticamente e não possuem identificação biológica possível. Segundo eles, a peça nunca foi enviada ao Tennessee e continua registrada nos arquivos da exposição.

Kim diz que é o filho dela (Change.org)

Kim não aceita as respostas. Para ela, há muitos elementos que não se encaixam nos relatos oficiais. A ausência de funeral, os hematomas descritos, a presença de cianeto, a fratura no crânio e a semelhança entre seu filho e o corpo plastinado continuam alimentando suas dúvidas. Além disso, a impossibilidade de acompanhar o paradeiro atual daquela peça da exposição deixou a mãe ainda mais apreensiva.

Sem conseguir localizar o corpo que acredita ser o de Chris, ela considera inclusive a hipótese de que os restos possam estar entre centenas de amostras cremadas encontradas em um depósito em Nevada no início deste ano. Essas pilhas de material, segundo investigação local, incluem restos mortais provenientes de funerárias e crematórios com documentação incompleta.

Enquanto as autoridades e os organizadores da exposição mantêm a posição de que nada aponta para ligação entre o corpo exibido e o jovem texano, Kim segue tentando desvendar o que aconteceu em 2012. Para ela, cada detalhe permanece vivo na memória, e cada nova informação reforça a sensação de que ainda há respostas ocultas sobre a morte do filho.

Esse Mãe, informada de que o filho tinha tirado a própria vida, fica chocada ao descobrir o corpo dele exposto em um museu foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.