Lula teria ligado para Epstein quando estava preso, segundo email
Um conjunto de documentos recém-divulgados pelo Congresso dos Estados Unidos trouxe à tona uma troca de e-mails que envolve Jeffrey Epstein, o financista condenado por crimes sexuais, e nomes políticos de diferentes países. Entre esses arquivos aparece uma mensagem curta, escrita em inglês, na qual ele menciona uma ligação com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, supostamente intermediada pelo linguista norte-americano Noam Chomsky.
A frase atribuída a Epstein é direta e sem contexto adicional. Nos registros, ele escreveu que Chomsky o teria colocado em contato com Lula enquanto ele ainda estava na prisão. Não há detalhes sobre o motivo do contato ou o tema que teria sido discutido entre eles. Após a divulgação, a Secretaria de Comunicação da Presidência negou a existência da ligação e afirmou que ela nunca ocorreu.
O suposto email
Os documentos fazem parte de um lote de mais de 20 mil páginas anexadas a processos e investigações envolvendo Epstein, entregues ao comitê de supervisão da Câmara dos Representantes. Esse material inclui conversas com figuras conhecidas do círculo do financista, como Ghislaine Maxwell, presa por tráfico sexual, e o escritor Michael Wolff, autor de livros sobre Donald Trump.
Entre os trechos liberados, há menções à política brasileira. Um interlocutor não identificado afirmou a Epstein que seu “candidato venceria no primeiro turno”. Pouco depois, Epstein respondeu com uma frase curta sobre Jair Bolsonaro, chamando o então candidato de “the real deal”. Em outra mensagem, esse interlocutor voltou a dizer que Bolsonaro venceria a eleição, reforçando o tom político da troca.
Em outro trecho da troca de mensagens, interlocutor diz que Bolsonaro vai vencer, e Epstein diz que ele é ‘o cara’
O pacote de e-mails também cita Trump diversas vezes. Em uma das mensagens, Epstein afirma que o então presidente sabia dos crimes que ele cometia e que teria passado horas com uma de suas vítimas. Essa acusação levou a Casa Branca a responder publicamente. A secretária de imprensa Karoline Leavitt declarou que Epstein havia sido expulso do clube de Trump anos antes e classificou as mensagens como tentativas de difamar o presidente.
Os democratas do comitê afirmaram que os e-mails levantam novas perguntas sobre o relacionamento entre Trump e Epstein. O congressista Robert Garcia, da Califórnia, declarou que o material sugere que a Casa Branca teria mais informações do que admite.
As mensagens divulgadas são posteriores ao acordo judicial firmado por Epstein em 2008, na Flórida, quando ele admitiu acusações de solicitação de prostituição e conseguiu evitar processos federais mais severos. Mesmo assim, ele continuou mantendo contato com políticos, empresários, advogados e jornalistas influentes.
Em uma das mensagens enviadas ao biógrafo Michael Wolff, Epstein escreveu que Trump “sabia sobre as meninas”, referindo-se às menores que ele abusava, e acrescentou que o presidente teria pedido a Ghislaine Maxwell que interrompesse parte de suas ações. A Casa Branca respondeu dizendo que a vítima mencionada seria Virginia Giuffre, que já havia declarado publicamente que Trump nunca a assediou.
Após esse conjunto de mensagens vir à tona, membros republicanos do comitê divulgaram mais de 12 mil documentos referentes ao espólio de Epstein, ampliando significativamente o volume de informações acessíveis ao público.
Nos anos 90 e início dos anos 2000, Trump e Epstein circularam nos mesmos ambientes sociais. Fotos dos dois em eventos privados eram comuns, e ambos tinham residência em Palm Beach, na Flórida. O afastamento, segundo relatos divergentes, teria acontecido por disputas envolvendo propriedades de luxo. Trump declarou posteriormente que teria rompido relações após Epstein recrutar funcionárias de seu spa, incluindo uma jovem que mais tarde se tornaria uma das acusadoras do magnata.
Ainda nos arquivos divulgados, apareceram trechos da transcrição de uma entrevista judicial de Ghislaine Maxwell, liberada pelo governo Trump meses antes. Nessa gravação, Maxwell afirmou que os dois eram amigos, mas negou qualquer envolvimento do presidente norte-americano com o esquema de exploração sexual.
A presença da menção a Lula em meio a tantos conflitos políticos e acusações envolvendo personalidades de peso chamou atenção por aparecer isolada e sem mais detalhes nos documentos. A ausência de contexto e o caráter telegráfico da mensagem aumentaram as dúvidas sobre sua origem e finalidade. A posição oficial do governo brasileiro é de que nenhuma ligação ocorreu.
A grande quantidade de páginas liberadas e a mistura de temas, figuras públicas e mensagens truncadas reforçam o ambiente caótico que cercava a vida do financista antes de sua morte. O material segue sendo analisado por jornalistas, congressistas e pesquisadores, enquanto novos trechos continuam gerando repercussão internacional.
Esse Lula teria ligado para Epstein quando estava preso, segundo email foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.
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