Juiz de Fora usa câmeras com IA para evitar enchentes e proteger a população
Em Juiz de Fora (MG), a tecnologia deixou de ser coadjuvante e passou a ocupar um papel central na proteção da população. Com um projeto robusto de videomonitoramento com Inteligência Artificial, a cidade tem conseguido prevenir enchentes, identificar riscos urbanos em tempo real e reforçar a segurança pública de forma mais ágil e eficiente.
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O sistema foi implantado pela Emive, empresa especializada em soluções de segurança e cidades inteligentes. Segundo Igor Facella, diretor comercial da companhia, a iniciativa transforma câmeras em verdadeiros “olhos inteligentes” espalhados pela cidade, capazes de monitorar áreas urbanas e rurais, identificar movimentações suspeitas e detectar riscos de desastres naturais antes que eles aconteçam.
“A grande vantagem é que a tecnologia deixa de ser apenas reativa e passa a atuar de forma preventiva. Ou seja, ela ajuda a evitar o problema antes que ele aconteça”, explica Facella em entrevista ao Podcast Canaltech.
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Como funciona o sistema
As câmeras operam em tempo real e são equipadas com algoritmos de visão computacional que analisam imagens e padrões de comportamento. Em áreas de risco de enchente, o sistema monitora o nível da água em rios e córregos por meio de câmeras posicionadas junto a réguas físicas instaladas nos pontos de medição. A IA interpreta essas imagens continuamente e consegue distinguir variações normais de situações críticas, mesmo em diferentes condições climáticas e horários do dia.
“Quando há uma alteração mais grave, o sistema pode disparar alertas automáticos para a Defesa Civil e, em casos específicos, acionar até bloqueios de vias”, conta Facella.
Além do monitoramento ambiental, a Inteligência Artificial também é usada na segurança pública, com capacidade para identificar aglomerações anormais, movimentações suspeitas e até veículos com restrições, auxiliando a Polícia Militar na tomada de decisões rápidas e precisas.
Desafios e integração com o poder público
Implementar um projeto dessa magnitude não é simples. Um dos principais desafios, segundo Facella, foi integrar tecnologias que antes operavam de forma isolada, como câmeras, sensores e sistemas de análise de dados, todos com linguagens e protocolos distintos. A solução exigiu o desenvolvimento de uma plataforma robusta e escalável, capaz de operar sem falhas mesmo em cidades de médio ou grande porte, como Juiz de Fora.
Outro ponto-chave foi a colaboração com órgãos públicos como a Defesa Civil e a Polícia Militar. “Foi fundamental entender profundamente as demandas locais e garantir que o sistema fosse fácil de usar para os agentes que atuam na ponta. A parceria com o poder público exige alinhamento constante entre tecnologia, operação e políticas públicas”, afirma.
Resultados e próximos passos
Desde a implantação do sistema, Juiz de Fora já observa melhorias na prevenção de enchentes, com alertas sendo emitidos antes que situações críticas se agravem. Na área de segurança, a capacidade de identificar comportamentos suspeitos em tempo real ajuda a reduzir crimes e aumenta a sensação de segurança dos cidadãos.
Facella destaca que a tecnologia também contribui para a gestão urbana, ao permitir o monitoramento do trânsito e a otimização de serviços públicos como a iluminação de vias. “De uma forma geral, a tecnologia traz mais agilidade, prevenção e eficiência para a gestão pública”, diz.
Pensando no futuro, a Emive planeja levar a solução para outras regiões do país, com foco em tornar a tecnologia mais acessível e escalável, inclusive para cidades de menor porte. O objetivo é ampliar o uso de Inteligência Artificial, incorporar sensores de Internet das Coisas (IoT) e desenvolver modelos preditivos avançados, que não apenas detectem riscos, mas recomendem ações com base em dados históricos.
“As cidades inteligentes não são mais um conceito futurista. Elas já estão acontecendo. Quando a tecnologia é aplicada com propósito, o impacto é real: vidas protegidas, recursos otimizados e cidades mais humanas”, conclui Facella.
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