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Curiosidades

John Hughes: quem foi o “Rei da Sessão da Tarde” com dramédias colegiais?

É impossível falar de dramédias colegiais sem falar no nome de John Hughes. O cineasta nascido no estado de Michigan, em 1950, que viveu sua adolescência nos subúrbios de Chicago – palco da maioria de seus filmes – é a maior referência dessas histórias divertidas, que falam sobre os prazeres e dissabores de amadurecer.

De Curtindo a Vida Adoidado, passando por Gatinhas e Gatões e chegando a Clube dos Cinco (filmes que, no Brasil, ganharam fama graças às suas reprises na Sessão da Tarde), todos os títulos do diretor partem de uma premissa simples, fácil de se conectar com o público, mas que, exatamente por terem uma pitada certa de diversão e respeito pelas angústias juvenis, mostram beleza no ordinário.

Um tipo de descomplicação que beira o clichê, mas que sempre teve graça nas mãos do diretor e em seus personagens propositalmente estereotipados, que aprendiam algum tipo de lição ou passavam por transformações no meio do caminho. 


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O diretor John Hughes e parte do elenco de Clube dos Cinco (Imagem: Divulgação/Universal Pictures/Everett)

A jornada de John Hughes

Filho de um vendedor e de uma dona de casa, voluntária em trabalhos de caridade, John Hughes descobriu a paixão pelas artes muito cedo.

Parte de uma família que vivia se mudando, o cineasta teve uma adolescência solitária, preenchida pela admiração que sentia por figuras como John Lennon e Picasso. Um amor pela cultura que demorou para se transformar em profissão, já que, influenciado pela família que queria que o filho tivesse um “trabalho sério”, Hughes tentou primeiro cursar a Universidade do Arizona e mais tarde trabalhar como redator publicitário.

O trabalho ao lado de grandes empresas, inclusive, abriu portas para o diretor, que conheceu nessa época importantes figuras do jornalismo e do humor, e conseguiu escrever seus primeiros roteiros para o cinema.

Andrew McCarthy, John Hughes e John Cryer em cena do documentário Brats (2004) sobre os Brat Pack (Imagem: Divulgação/ABC News)

Uma novidade que, a partir de 1983, transformou-se em seu ganha pão, já que Hughes mergulhou de vez no trabalho de roteirista e esteve por trás de algumas das mais populares comédias dos anos 1980 e 1990, como Férias Frustradas de Natal (1989), Esqueceram de Mim (1990), Beethoven (1992), Dennis, o Pimentinha (1993), Milagre na Rua 34 (1994) e 101 Dálmatas (1996).

A explosão dos filmes colegiais

Apesar de todo o sucesso, o legado de John Hughes na indústria estava só começando.

Em 1984, o cineasta dirigiu seu primeiro filme, Gatinhas e Gatões, uma comédia adolescente que mostrava os desafios encontrados por um jovem sonhadora em seu aniversário de 16 anos.

Escrito pelo próprio autor, o filme foi um sucesso de bilheteria e ajudou não apenas a consolidar o trabalho de Hughes na indústria, mas também lançar os nomes de Molly Ringwald (que transformaria-se em uma espécie de musa dos filmes do diretor) e Anthony Michael Hall ao estrelato.

A dupla, inclusive, assim como outros jovens atores saídos das tramas colegiais do diretor e de Joel Schumacher (outro importante cineasta do gênero) ganharam o coração do público, e ficaram tão famosos que passaram a ser chamados de “Rat Pack” (bando de pirralhos, em tradução livre). Um grupo formado por atores como Demi Moore, Emilio Estezes, Rob Lowe, Andrew McCarthy, Judd Nelson, Ally Sheedy, além dos já citados Molly Ringwald e Anthony Michael Hall.

Hughes, por sua vez, investiu de vez no gênero, lançando em sequência títulos como Clube dos Cinco (1985), Mulher Nota 1000 (1985), Curtindo a Vida Adoidado (1986) — todo escritos e dirigidos por ele –, além de A Garota de Rosa-Shocking (1986) e Alguém Muito Especial (1987).

Hughes com Anthony Michael Hall e Molly Ringwald nos bastidores de Clube dos Cinco (Imagem: Divulgação/Universal Pictures)

Tramas que, em maior ou menor grau foram sucesso de público, ajudando a estabelecer um tipo de filme que se conectava diretamente à juventude da época, não tratando com desdém suas angústias ou felicidades. 

O legado deixado pelo diretor

Reconhecido tardiamente pela crítica, que diferente do público demorou a “dar o braço a torcer” para suas obras, John Hughes é visto hoje como um marco na indústria cinematográfica. 

Muito ciente não apenas do que se passava na cabeça dos jovens, mas também da cultura pop de seu tempo, o diretor soube usar seu vasto repertório adolescente como inspiração para suas obras. Prova disso são as trilhas sonoras icônicas de seus filmes, que passam por bandas e cantores como Patti Smith, Simple Minds, The Psychedelic Furs, New Order e The Smiths.

Dotado de uma quedinha por azarões, o diretor viu seu estilo virar referência na indústria, sendo precurssor de uma série de filmes colegiais lançados até hoje nas telonas, centrados em questões como pressão social, primeiro amor e bullying.

Hughes durante as gravações de Curtindo a Vida Adoidado (Imagem: Divulgação/Paramount Pictures)

Distante da mídia desde 1994, embora tenha continuado a atuar como roteirista em filmes da Disney, Hughes viveu uma vida tranquila assim como gostava de retratar em seus filmes. Casado com sua namorada da época da faculdade, o diretor teve dois filhos e inúmeros netos, vivendo perto de sua família até seu falecimento em 2009, aos 59 anos.

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augustopjulio

Sou Augusto de Paula Júlio, idealizador do Tenis Portal e do Curiosidades Online, tenista nas horas vagas, escritor amador e empreendedor digital. Mais informações em: https://www.augustojulio.com.