Japão descobre metal que pode mudar drasticamente o mundo após investir 107 bilhões de dólares
Imagine um metal comum transformando-se na chave para um futuro de energia limpa. É exatamente isso que está acontecendo no Japão, impulsionado por uma descoberta espetacular no fundo do mar. O país, determinado a alcançar emissão zero de carbono até 2050, está apostando forte no hidrogênio como uma fonte de energia vital para essa transição.
Mas um grande obstáculo sempre dificultou a produção de hidrogênio verde em larga escala: os metais raros e caríssimos necessários nos equipamentos chamados eletrolisadores PEM (Membrana de Troca de Prótons). Platina e irídio, essenciais para o processo, são escassos e custam fortunas. Essa barreira parecia intransponível.
A solução veio de onde menos se esperava: das profundezas do Oceano Pacífico. A cerca de 1.900 quilômetros da agitada capital Tóquio, perto da ilha Minami-Tori-shima, uma expedição encontrou algo extraordinário. A impressionante profundidade de 5.700 metros, escondia um tesouro: vastos campos de nódulos de manganês. Essas formações rochosas, ricas em minerais, acumularam-se ao longo de milhões de anos. Como? Moléculas metálicas presentes na água se fixaram lentamente a restos orgânicos, como ossos de peixes, criando essas estruturas no leito oceânico.

Os nódulos de manganês encontrados no fundo do mar (The Nippon Foundation)
Aqui está a revolução. Cientistas brilhantes do renomado Instituto RIKEN, trabalhando por quase uma década, conseguiram modificar a estrutura do manganês. Essa inovação permite que ele substitua perfeitamente a platina e o irídio nos eletrolisadores PEM.
O resultado é impressionante: o novo método pode aumentar a produção de hidrogênio em *mil vezes* (ou 100.000%) em comparação com os metais raros tradicionais. Isso não é apenas um avanço; é uma mudança radical, tornando a produção de hidrogênio verde drasticamente mais barata e viável.
E a riqueza do fundo do mar não para por aí. Esses mesmos nódulos são uma verdadeira mina submarina de outros metais cruciais. Estudos detalhados revelaram quantidades gigantescas: aproximadamente 610 mil toneladas de cobalto e 740 mil toneladas de níquel.
Esses dois metais são a espinha dorsal de tecnologias modernas. O cobalto é vital para as baterias de carros elétricos, enquanto o níquel é essencial na produção de motores a jato, turbinas a gás e em vários processos químicos industriais.
O valor econômico desse achado é quase inacreditável. Considerando os preços de mercado atuais (cerca de US$ 24.300 por tonelada de cobalto e US$ 15.497 por tonelada de níquel), o potencial financeiro é colossal.

Os depósitos também contêm cobre (The Nippon Foundation)
Só o cobalto representa aproximadamente US$ 14,8 bilhões, e o níquel, cerca de US$ 11,5 bilhões. Somados, superam a marca de US$ 26 bilhões. É importante lembrar que esses valores flutuam conforme a demanda global, especialmente da indústria de veículos elétricos e armazenamento de energia.
Uma operação de pesquisa realizada entre abril e maio do ano passado reforçou ainda mais a magnitude do recurso. Usando veículos submarinos operados remotamente, a equipe examinou 100 locais no leito marinho e encontrou um volume adicional impressionante de cerca de 230 milhões de toneladas de minerais valiosos.
O investimento japonês de mais de US$ 107 bilhões no hidrogênio ganhou, portanto, um impulso extraordinário. A descoberta do manganês modificável e os vastos depósitos de cobalto e níquel não apenas viabilizam tecnicamente a meta de hidrogênio verde, mas também possuem um valor intrínseco tão grande que praticamente financiam a própria revolução energética que o Japão está liderando. O futuro da energia limpa pode muito bem estar sendo forjado nas profundezas do oceano.
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