Imagens de satélite | Base militar secreta com 4 vulcões teve erupção histórica
A ilha de Simushir ficou conhecida por servir como uma base secreta de submarinos nucleares soviéticos. A ilha conta com quatro vulcões — um deles responsável por uma erupção histórica — e imagens do satélite Landsat 8 da NASA mostram que eles estão alinhados de forma surpreendentemente reta.
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Localizada no arquipélago vulcânico das Ilhas Curilas — entre o Japão e a Rússia —, a Simushir tem 8 quilômetros de extensão, e todos os seus grandes vulcões podem ser vistos do espaço.
Estruturas vulcânicas
O mais alto entre os vulcões da ilha é o Milna, que tem 1.540 metros de altitude e entrou em erupção pela última vez em 1914. O Zavaritski, por sua vez, está a 624 metros acima do nível do mar e está inativo desde 1957.
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Com 1.360 metros de altitude, o Prevo entrou em erupção pela última vez em 1825. Inativo há pelo menos 12 mil anos, o Uratman tem 678 metros de altura e, ao seu redor, está a Baía de Brouton, local onde os soviéticos armazenavam alguns submarinos nucleares.
Simushir é um ponto crítico de atividade vulcânica porque está localizada dentro do que os cientistas chamam de “Anel de Fogo”. Essa região contém cerca de dois terços de todos os vulcões terrestres do mundo e é o epicentro de aproximadamente 90% dos terremotos registrados no planeta.

A grande erupção
Em 1831, o Hemisfério Norte registrou uma queda média de 1 ºC nas temperaturas, e registros climáticos da época revelaram que o céu escureceu e o Sol, visto da Terra, mudou de cor. Os cientistas sabiam que uma erupção havia causado esse evento, mas ainda não tinham identificado o vulcão responsável pela explosão.
Uma pesquisa divulgada no final de 2024, no periódico científico PNAS, revelou que foi o Zavaritski, um dos vulcões da ilha, o responsável pela erupção histórica. Os pesquisadores analisaram dados de depósitos de cinzas encontrados em núcleos de gelo polar e descobriram que as amostras apresentavam características geoquímicas compatíveis com o material expelido pelo Zavaritski em 1831.
“Na hora em que analisamos as duas cinzas juntas, uma do vulcão e uma do gelo, foi um verdadeiro momento ‘eureca’”, destacou Will Hutchinson, geocientista que liderou o estudo, em comunicado.
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