Homem executado no corredor da morte por método controverso condenado por causar “tormento psicológico intenso”
A execução de um homem condenado à morte nos Estados Unidos reacendeu um intenso debate sobre o uso de um método extremamente polêmico. Na noite de 23 de outubro, Anthony Todd Boyd, de 54 anos, tornou-se o sétimo prisioneiro no corredor da morte no estado do Alabama a ser executado com gás nitrogênio, um procedimento duramente criticado por causar sofrimento psicológico e físico prolongado.
A execução ocorreu na William C. Holman Correctional Facility, por volta das 18h33 no horário local. Boyd manteve sua inocência até os últimos instantes de vida, repetindo que não havia participado do crime pelo qual foi condenado em 1995.
Um método contestado
A utilização do gás nitrogênio como forma de execução surgiu como alternativa a outros métodos, como a injeção letal. A técnica consiste em colocar uma máscara no rosto do condenado e substituir o oxigênio pelo gás, levando à morte por asfixia. O método foi aplicado pela primeira vez em janeiro de 2024, na execução de Kenneth Smith, e desde então tem gerado forte controvérsia.
Poucas horas antes da execução de Boyd, a Suprema Corte dos Estados Unidos condenou publicamente a prática, classificando-a como causadora de “intenso tormento psicológico”. A ministra Sonia Sotomayor criticou a recusa do estado em permitir que o preso fosse executado por fuzilamento, um método que, segundo ela, resultaria em uma morte mais rápida.
“Boyd pede o mínimo de clemência: morrer por fuzilamento, o que o mataria em segundos, em vez de uma sufocação torturante que pode durar até quatro minutos”, escreveu a juíza em seu voto. “A Constituição concederia essa graça. Meus colegas não.”
O crime e a condenação
Anthony Todd Boyd foi condenado pelo assassinato de Gregory Huguley, ocorrido em 1993. De acordo com a acusação, ele e outros três homens teriam sequestrado Huguley para cobrar uma dívida de 200 dólares em cocaína, equivalente a cerca de 1.200 reais. A vítima foi levada a um local isolado, coberta com gasolina e incendiada.
Anthony Boyd afirmou que era inocente até o fim (Alabama Department of Corrections)
Os outros envolvidos depuseram contra Boyd, afirmando que ele participou ativamente no crime. Boyd, no entanto, sustentou por décadas que estava em uma festa no momento do assassinato. Quando o veredito de culpado foi lido em 1995, ele chorou e declarou a jornalistas: “Vou manter minha inocência até o dia em que eu morrer.”
Os últimos minutos
Os relatos sobre a execução apontam que o fluxo de gás nitrogênio começou às 17h57. Testemunhas afirmam que Boyd deu respirações profundas e trêmulas por 14 minutos, lutando para respirar. “Parece que ele está ofegante, tentando puxar ar”, relatou seu irmão ao jornal Montgomery Advertiser.
Após respirações ofegantes e sons de engasgo, a última inspiração foi registrada por volta das 18h17. A morte foi oficialmente declarada 16 minutos depois do início do procedimento.
Em suas últimas palavras, Boyd repetiu: “Eu só quero dizer de novo que não matei ninguém, não participei da morte de ninguém. Quero que todos saibam: não existe justiça neste estado.”
Reações oficiais e controvérsias
O procurador-geral do Alabama, Steve Marshall, defendeu o uso do gás nitrogênio como “constitucional e eficaz”, afirmando que a sentença foi executada conforme a lei estadual. A governadora Kay Ivey reforçou esse posicionamento, dizendo que a família da vítima “finalmente recebeu justiça” após 30 anos de espera.
Enquanto autoridades defendem a legalidade do método, organizações de direitos humanos, juristas e observadores independentes questionam se ele viola princípios básicos de dignidade e humanidade. A discussão sobre a execução de Anthony Todd Boyd se soma a um debate crescente sobre os limites éticos das execuções nos Estados Unidos, especialmente diante de métodos considerados cruéis ou desumanos.
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