Furacão Melissa atinge categoria máxima e ameaça Caribe. Jamais se prepara para catástrofe
O furacão Melissa alcançou um nível crítico nesta segunda-feira, 27, ao atingir a categoria 5, a mais alta da escala, com ventos estimados em 260 km/h. A previsão indica que a Jamaica será um dos locais mais afetados, com volumes excepcionais de chuva e risco elevado de enchentes e deslizamentos. O National Hurricane Center emitiu novos alertas, classificando a situação como potencialmente catastrófica.
Desde o fim de semana, a movimentação no país mudou de forma acelerada. O governo jamaicano fechou os dois aeroportos internacionais, ativou centenas de abrigos e determinou a saída de moradores de zonas consideradas perigosas. O ministro Desmond McKenzie, responsável pelo governo local, afirmou que a capital está sob ameaça direta. Segundo ele, 881 locais de acolhimento foram preparados para receber pessoas em situação de risco.
“Muitas comunidades não sobreviverão às inundações”, declarou o ministro durante uma coletiva de imprensa. “Nenhuma comunidade em Kingston está imune.”
A decisão mais rigorosa veio pouco depois, quando o primeiro-ministro Andrew Holness ordenou a evacuação obrigatória de Port Royal e de outras seis áreas espalhadas pelo país, incluindo a Baía de Old Harbour. O governo reforçou que a permanência nessas regiões pode ser fatal, devido à força da tempestade e ao risco de transbordamento dos rios.
© Windy
Na noite de domingo, o centro do furacão estava posicionado a cerca de 205 km de Kingston, deslocando-se lentamente, a 7 km/h. A lentidão preocupa especialistas, pois amplia o tempo de exposição das regiões atingidas a chuvas extremas. O volume previsto para a Jamaica e o sul de Hispaniola — onde estão Haiti e República Dominicana — pode chegar a 1 metro em alguns pontos.
A avaliação de meteorologistas é que Melissa reúne dois elementos perigosos: intensidade crescente e deslocamento vagaroso. Essa combinação favorece grandes inundações e destruição de infraestrutura. “Infelizmente, para os locais ao longo da trajetória projetada desta tempestade, ela está cada vez mais grave”, explicou Jamie Rhome, vice-diretor do NHC. O órgão prevê que o furacão mantenha força alta por pelo menos quatro dias.
Após atravessar a Jamaica, a previsão indica que Melissa chegue a Cuba no final da terça-feira, 28. O governo cubano já emitiu alertas para as províncias de Granma, Santiago de Cuba, Guantánamo e Holguín, onde a chuva pode ultrapassar 300 mm. Em seguida, a rota projetada aponta para as Bahamas, no final da quarta-feira.
Os efeitos do furacão já são sentidos em outros países caribenhos. No Haiti, três mortes foram confirmadas, além da destruição de uma ponte em Sainte-Suzanne, no nordeste do país. A elevação repentina do nível dos rios provocou enchentes severas. Na República Dominicana, houve uma morte, uma pessoa desaparecida e danos em cerca de 200 residências. O abastecimento de água foi interrompido, deixando mais de meio milhão de pessoas sem acesso. Árvores caídas, postes danificados e comunidades isoladas completam o cenário de emergência.
Melissa é a 13ª tempestade nomeada da atual temporada de furacões no Atlântico, que vai de 1º de junho a 30 de novembro. A National Oceanic and Atmospheric Administration havia antecipado uma temporada mais intensa que a média, com previsão de até 18 ciclones nomeados. A força alcançada por Melissa reforça essa expectativa e mantém toda a região em estado de alerta máximo.
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