Ford Territory 2026 anda bem, mas consumo pode ser um problema
A segunda e atual geração do Ford Territory chegou ao Brasil em 2023, apenas três anos depois do lançamento do modelo em nosso mercado. Agora, uma nova atualização para o SUV foi apresentada pela marca.
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Essa constante mudança não é comum, principalmente, em mercados ocidentais. Porém, apesar de carregar o emblema da Ford, o Territory é um carro chinês — e isso já explica muita coisa.
Por ser um mercado muito dinâmico, as montadoras chinesas costumam alterar o visual dos seus veículos de forma frequente, e o SUV médio não fugiu disso. Esta atualização, aliás, foi apresentada por lá no ano passado.
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A versão reestilizada com apenas dois anos de vida chega ao mercado brasileiro com um objetivo muito difícil: brigar no segmento mais competitivo do país.

Entre janeiro e maio deste ano, a marca emplacou apenas 2.243 unidades do SUV, muito menos que os líderes Toyota Corolla Cross e Jeep Compass. Mas a expectativa é que isso aumente com a estreia da linha 2026, que teve seu preço mantido em R$ 215 mil.
Além do preço, muitos elementos foram mantidos em comparação ao modelo anterior. As principais mudanças ficaram concentradas na frente, com a adoção de uma nova grade com detalhes cromados e em preto brilhante. Os faróis também são inéditos e se posicionam em forma de “L”, escorrendo para a parte lateral do para-choque. Vemos também a introdução de novas rodas de liga leve de 19 polegadas com acabamento diamantado e cinco raios.
Já a traseira está praticamente inalterada. As lanternas são as mesmas, assim como o desenho óptico. O único destaque é o para-choque, que recebeu uma pequena remodelação e deixou o carro 55 mm maior, chegando a 4,68 m de comprimento. As demais dimensões são: 1,93 m de largura, 1,70 m de altura e entre-eixos de 2,72 m.

Pulando para cabine, o desenho é o mesmo, mas a Ford aprimorou o acabamento do modelo, com um novo encosto de cabeça e bancos com novo design. Mas ainda é possível ver encaixes e alguns outros elementos desalinhados. Há também uma central multimídia de 12,3”, painel de instrumentos digital de 12,3”, seletor de marchas rotativo, carregador de celular por indução, console elevado e muito espaço. Segundo a marca, o Territory tem o maior espaço interno do segmento.
Disponível no Brasil apenas na versão Platinum, o SUV vem de série com uma lista de equipamentos recheada: faróis full-led, teto solar panorâmico, bancos dianteiros com ajuste elétrico (10 posições para o motorista e 4 para o passageiro), aquecimento e ventilação para os assentos dianteiros, ar-condicionado digital de duas zonas e muito mais.
O pacote de segurança também é completo: piloto automático adaptativo, alerta de colisão frontal com frenagem de emergência, alerta de ponto cego, alerta de tráfego cruzado, seis airbags, câmera 360º e assistência de permanência em faixa. Este último passou a ser oferecido na linha 2026 e merece elogios por seu comportamento na estrada.

A dirigibilidade também mudou?
As mudanças desta atualização do Territory se concentraram apenas no visual. O motor 1.5 turbo de quatro cilindros de 169 cv e 25,5 kgfm segue equipando o SUV na linha 2026. A marca precisou apenas recalibrar o propulsor para se adequar às novas regras de emissão do Proconve L8. A potência e o torque não mudaram, mas o desempenho do modelo foi ligeiramente comprometido.
O SUV anda bem, entrega força quando necessário, porém depende de uma pequena redução de marcha em algumas retomadas, como por exemplo em ultrapassagens. O modo Sport ajuda um pouco em relação a isso.

Apesar disso, o Territory é robusto na cidade e na estrada, além de confortável, muito graças à recalibração da suspensão realizada pela Ford. De acordo com a marca, os engenheiros brasileiros do campo de provas de Tatuí foram os responsáveis por tornar o carro melhor para as ruas do Brasil após testes nos últimos anos.
No entanto, assim como o desempenho, o consumo de combustível do SUV pode ser um problema para o consumidor. O Territory só pode ser abastecido com gasolina e marca uma média de 8,8 km/l na cidade e 11,2 km/l na estrada, de acordo com o Inmetro. Esses números são piores que os da linha 2025: 9,5 km/l no ciclo urbano e 11,8 km/l no rodoviário.
Nesses quesitos, o Ford Territory acaba ficando para trás de modelos como o Jeep Compass, Toyota Corolla Cross e até Volkswagen Taos, que, em algumas versões, conseguem ser mais potentes e mais econômicos.

Mas os diferenciais do modelo da Ford são os equipamentos de série e o espaço interno, que realmente merece muitos elogios, principalmente para quem vai no banco de trás.
Ao não mexer no preço do Territory, a Ford conseguiu unir o útil ao agradável, combinando uma melhoria nos equipamentos e um design atrativo. Mesmo com seus poréns, a pedida de R$ 215 mil pode fazer sentido para uma boa parte dos compradores de SUV, ainda mais colocando em pauta que muitos modelos compactos estão à venda na casa dos R$ 200 mil.
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