ExoMars | Cortes de Trump no orçamento da NASA ameaçam rover europeu a Marte
Os cortes no orçamento da NASA propostos pelo presidente Donald Trump podem afetar até a missão ExoMars, da Agência Espacial Europeia (ESA). O que acontece é que a ESA precisa de algumas tecnologias críticas que ainda não existem na Europa, as quais seriam fornecidas pela agência espacial americana. Agora, as possíveis restrições financeiras da NASA ameaçam esta parceria.
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A missão com o rover Rosalind Franklin foi proposta em 2003 em parceria com a NASA e, originalmente, a ESA planejava lançá-la em 2011. No entanto, a agência espacial norte-americana deixou o projeto em 2012, e a Roscosmos, agência russa, se tornou a nova parceira na empreitada. A cooperação foi suspensa em 2022 após a invasão russa na Ucrânia.

E eis que, em 2024, a NASA voltou para o projeto para ajudar a ESA a lançar a missão até 2028. Entretanto, os cortes orçamentários de Trump podem deixar a agência europeia sozinha outra vez: a ideia era que a NASA ficasse responsável pelo foguete lançador, pelo sistema de propulsão que vai ajudar a desacelerar o módulo durante a descida pela atmosfera de Marte e aquecedores de radioisótopos, que manteriam o rover da missão aquecido durante as frias noites marcianas.
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Atualmente, a Europa não tem alternativas para nenhuma destas tecnologias, e fontes envolvidas no projeto suspeitam que é difícil que algo seja desenvolvido a tempo para o lançamento em 2028; portanto, já se espera que o lançamento não ocorra antes de 2030. A ESA não comentou a questão.
Se o atraso realmente acontecer, talvez a ESA tenha que repensar alguns aspectos da missão devido ao alinhamento entre a Terra e Marte. Embora os dois planetas se aproximem a cada dois anos, em média, nem sempre esta proximidade tem distância semelhante.
“Se houver um atraso, o que significa perder a janela de lançamentos de 2028, uma preocupação é que os requisitos da aproximação, entrada, descida e pouso para um lançamento em 2031 e seu local de pouso selecionado vão ser diferentes. Então, um atraso de 26 meses pode não resolver imediatamente os problemas da missão”, observou uma fonte em entrevista ao Space.com.
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