Existem 7 pessoas com “superpoderes da vida real” que os cientistas não conseguem explicar

Quando se fala em “superpoderes”, o que vem à mente são heróis voando, resistindo a balas ou soltando raios pelos olhos. Mas há pessoas no mundo real que exibem capacidades tão extraordinárias que até especialistas se veem sem explicação.

Esses indivíduos, espalhados por diferentes países, desafiam os limites do corpo humano e da mente, e se tornaram objetos de estudo da ciência moderna. Alguns nasceram com essas habilidades, outros as desenvolveram através de práticas intensas.

A seguir, conheça pessoas que parecem ter saído de um quadrinho, mas existem de verdade.

Wim Hof

O holandês Wim Hof ficou conhecido como “O Homem de Gelo” por sua impressionante resistência ao frio. Ele conquistou recordes ao nadar sob o gelo e permanecer quase duas horas completamente imerso em cubos congelados sem sofrer danos graves.

Em 2000, estabeleceu o recorde mundial de maior tempo de contato total com gelo: uma hora, 53 minutos e dois segundos. Décadas depois, o feito foi superado, mas sua fama continua. Aos 66 anos, Hof ainda participa de desafios extremos e ministra cursos baseados em respiração e meditação.

Em 2011, o pesquisador Peter Pickkers analisou sua fisiologia e constatou que, durante suas práticas, as células inflamatórias diminuíam em até 50% — algo incomum em situações de frio extremo. O método de Hof, segundo ele, combina controle mental e físico, permitindo resistir a condições que seriam fatais para a maioria das pessoas.

Natasha Demkina

Na Rússia, Natasha Demkina ficou conhecida como “a garota com olhos de raio X”. Desde a adolescência, ela afirma ser capaz de ver o interior do corpo humano e detectar problemas em órgãos e tecidos apenas observando a pessoa.

Em 2004, Natasha participou de um programa de televisão britânico e identificou corretamente a origem de uma dor em um dos convidados. No mesmo ano, pesquisadores realizaram testes formais: ela acertou quatro de sete diagnósticos.

Apesar de o resultado dividir opiniões entre cientistas — alguns considerando pura coincidência —, o caso de Natasha continua intrigando médicos e curiosos. Hoje, aos 38 anos, ela ainda mantém sua fama e defende que seu dom é real, mesmo sem comprovação científica definitiva.

Daniel Browning Smith

Conhecido como “Rubberboy”, Daniel Browning Smith é considerado o homem mais flexível do planeta. O americano de 46 anos detém sete recordes mundiais e é capaz de dobrar o corpo de formas quase inacreditáveis.

Médicos descobriram que sua habilidade tem origem genética: ele possui uma forma rara de síndrome de Ehlers-Danlos, que afeta o tecido conjuntivo e aumenta a mobilidade das articulações.

Embora em Smith essa condição se manifeste como uma vantagem espetacular, para muitos pacientes ela causa dores intensas, fragilidade na pele e complicações internas. Mesmo assim, ele transformou o que poderia ser uma limitação em um talento admirável.

Stephen Wiltshire

O britânico Stephen Wiltshire, de 51 anos, é um artista com memória fotográfica quase perfeita. Ele pode observar uma paisagem ou cidade por poucos minutos e depois desenhá-la com precisão impressionante, sem recorrer a fotos ou anotações.

Diagnosticado com autismo aos três anos, Wiltshire desenvolveu um talento singular para reproduzir detalhes arquitetônicos e proporções com exatidão. Ele é classificado como um “savant”, termo usado para descrever pessoas neurodivergentes com habilidades extraordinárias em áreas específicas.

Seus trabalhos já retrataram cidades inteiras, como Roma, Tóquio e Nova York, a partir de um único sobrevoo.

Ben Underwood

Ben Underwood perdeu a visão ainda criança devido a um câncer ocular. Mas, aos sete anos, começou a usar estalos da língua para se orientar, como fazem os golfinhos e morcegos.

A técnica, chamada ecolocalização, permite perceber o ambiente por meio do som refletido em superfícies. Embora qualquer pessoa possa tentar aprendê-la, Ben dominou o método de forma excepcional, conseguindo andar de bicicleta, jogar basquete e reconhecer objetos apenas pelo eco.

Infelizmente, o câncer voltou e Ben morreu aos 16 anos, em 2009. Seu caso continua sendo um dos mais impressionantes exemplos de adaptação sensorial humana já documentados.

Thai Ngoc

No Vietnã, o fazendeiro Thai Ngoc diz não dormir desde 1973. Segundo relatos locais, o homem, hoje octogenário, afirma ter perdido o sono após uma febre e nunca mais conseguiu repousar.

Apesar da insônia permanente, ele continuou trabalhando em sua fazenda, sem apresentar sinais visíveis de colapso físico. Em entrevistas, Ngoc afirmou sentir-se apenas irritado ocasionalmente, mas sem fadiga extrema.

O caso nunca foi estudado de forma científica profunda, e permanece um mistério. Médicos afirmam que a ausência total de sono por tanto tempo seria incompatível com a vida, o que levanta dúvidas sobre a veracidade de seu relato — ou sobre a possibilidade de seu corpo funcionar de maneira única.

Prahlad Jani

O indiano Prahlad Jani, conhecido como Mataji, dizia viver sem comer nem beber durante décadas. Segundo ele, a deusa hindu Amba o sustentava espiritualmente.

Nascido em 1929, Jani foi estudado em 2003 e novamente em 2010 por equipes médicas indianas. Em ambas as ocasiões, passou dias em observação constante, sem ingerir comida ou água, e sem usar o banheiro.

Embora os exames confirmassem que ele não se alimentou durante os testes, especialistas apontaram que não há como extrapolar o resultado para anos de jejum total. Ainda assim, o caso se tornou um dos mais enigmáticos da medicina. Prahlad morreu em 2020, deixando mais perguntas do que respostas.

Essas pessoas mostram que, em alguns casos, o corpo humano parece ultrapassar limites que a ciência ainda não compreende totalmente. Seja por genética, prática intensa ou fatores desconhecidos, cada uma delas desafia nossa noção do que é possível.

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